07 abril 2008

Cruzei-me com a cultura num não lugar...

Foi para mim uma grande surpresa constatar que a cultura se andava a exibir...Não no sentido pejorativo, claro, mas quem a conhece sabe que ela gosta de ser discreta e sai pouco de "casa". No mês de Dezembro cruzei-me com ela no lugar mais inesperado:um centro comercial...Gostou tanto da sensação que repetiu a experiência pois está, agora, patente no átrio de chegada do Aeroporto Sá Carneiro. Ela que parece ter um ar tão sofisticado e impenetrável, saiu a rua e deixou para trás as "muralhas", enfrentando agora os não lugares....

Escrito por Estela Pires.

6 comentários:

  1. A cultura, como outros, fecha-se em si mesma.

    A cultura, como a conhecemos, terá de abandonar o seu estado hermético e "sair" para a rua. Em causa está a sua sobrevivência.

    Do que vale possuirmos uma cultura que se aloca em espaços e não se deixe, ou deixam, ver-se. A cultura terá de ser acessível, visível e audível para a maior parte da população, e, não ser um caso de elitismo e para elitistas. Para isso, a Cultura necessita sair e precisamos estar preparados para a receber e isto cai, invariavelmente, num outro assunto.

    Parabéns pelo texto.

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  2. A cultura pode ser encontrada em qualquer lugar.Cada vez há uma maior preocupação de a libertar de espartilhos que lhe são alheios:preconceitos ou elitismos que pretendem fazer crer que o cidadão comum está de costas voltadas para ela.Às vezes, falta apenas o apelo para que se desperte o fascínio e nesse processo, a solução pode ser ir ao encontro das pessoas nos sítios mais improváveis.
    A cultura pressupõe partilha, ao contrário da imagem que se passa tantas vezes.De outra forma,quanto a mim, perderia o seu sentido...
    Gostei da abordagem ;)

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  3. Nem sempre existe a preocupação ou a intenção de libertar a cultura dos "espartilhos".

    Existe quem a queira manter "espartilhada". Não convêm a generalizar.

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  4. Não generalizei.Pelo contrário.Referi precisamente que há uma maior preocupação nesse sentido, ainda que a tendência seja para se achar que deve estar reservada às elites e inacessível.Todo o meu comentário se refere ao que deverá mudar e não ao que ainda é.

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  5. Os meus parabéns à autora, pelo texto. E uma palavra à Joana Neto: tal como tu, também espero que rapidamente a cultura possa despertar o fascínio de todos e que se torne mais acessível.

    Gostei muito do teu blog: parabéns pelo teu contributo para a cultura e para a sensibilidade aos pequenos pormenores da vida! :)

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  6. A arte,em todas as suas vertentes, necessita realmente de sair das quatro paredes e mostrar-se.Mas,qto a mim, tb é necessário uma educação das pessoas em relação à arte pq eu já vi algumas exposições em Shopings e as pessoas passam mas nem olham ou olham apenas de relance.De qualquer forma não deixam de ser iniciativas importantes.Parabéns Estela pelo texto.

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