25 julho 2011

Fim

... até breve!

19 junho 2011

Recomendável

Fui vê-lo sem imaginar que fosse o mais recente filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. Com um elenco integrando actores como: Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain, foge ao habitual romancear materialista comum de Holywood na abordagem à espirutalidade humana. Uma visão mais séria e profunda. Assim seria de esperar ao ter vencido o mais distinto prémio europeu de cinema. Talvez de difícil compreensão para mentes pouco abertas e cépticas, mais presas e centradas às questões terrestres. Não será certamente um êxito de bilheteira por estas bandas. Oxalá estivesse enganado.
A película recorda oportunamente a nossa pequenez enquanto seres pertencentes a uma natureza comum à de outro seres, e dos seus mais básicos instintos, formas de agir e controlar, que são de difícil compreensão para o comum dos mortais, sobretudo quando perspectivadas num Universo muito vasto, que nos é impossível compreender ou sequer projectar na sua imensidão e diversidade. Uma mensagem muito oportuna numa era em que a humanidade bem precisa de um abanão. Uma chamada de atenção para as possiveis consequências da inveja, do materialismo, da megalomania, da ganância, e do autoritarismo. E por outro lado, uma demonstração de como a felicidade está presente nas coisas mais simples e nos momentos nos quais se dá e se recebe sem exigências, de coração aberto.

Profundo e inquietante, não dispensou uma fantástica banda sonora, execelentes representações dos actores e efeitos especiais maravilhosamente surrealistas numa visão realísticamente plausível de Deus (muito de encontro à que tenho em fé) ou pelo menos hipotéticamente questionável à luz da ciência moderna.

Quem é Ele?

Da minha parte respondo: Está em todo o lado, em todas as lufadas de ar que respiramos, em toda a água que nos banha, no sol que nos aquece, na terra que nos sustenta, em todos os átomos, moléculas, elementos e reacções físicas e químicas de energia do cosmo que rodeiam a vida e a "não vida", a matéria e a não matéria. Assim mesmo o filme parece dar esta visão integrada do ser humano, e de Deus.

Ele é tudo, e nós somos parte dele. Não o conseguimos perceber na sua totalidade, é impossível. Nem tão pouco percebemos a totalidade do que somos e do que nos rodeia na terra, ou o sentido de existirmos. Quando nascemos somos mais próximos Dele, puros. Aos poucos a vida dada por Ele abre os caminhos que cada um escolhe, que nos aproximam ou afastam, e Ele vai corrigindo as imperfeições da superfície para não perder a sua perfeição, agarrando o que o auxilia tornar-se mais grandioso e resplandescente e corrigindo o que o faz perder energia e beleza. Se a humanidade não for fazendo por isso... bye bye, acontece o mesmo que aos dinossauros, "evoluídos" seres crueis, vaidosos, controladores e dominadores da terra, extintos por um um meteorito. E talvez se a coisa for prática comum por outros mundos e por outras galáxias...BOOM...talvez outro Big Bang para recarregar energias. E não pensem que é castigo ou crueldade Dele... não não é, só nos está a ajudar, talvez com o Seu instinto mais básico de todos e comum ao nosso, o de sobrevivência, e a busca da perfeição de alguma forma, que O leva a deitar abaixo o "castelo que construiu" para começar tudo de novo, erguendo outro mais perfeito ainda. Já alguém dizia que, "Deus criou o homem à Sua imagem e Semelhança."

26 maio 2011

Para não perder o hábito...

...de escrever, que bem tenho andado distante da blogosfera.
...de partilhar o que penso com quem nem sempre posso.
...de me lembrar que vivo num país que está sempre em campanha eleitoral, porque parece ser a única coisa que a classe politica sabe fazer a toda hora, a todo o momento.
...de me lembrar que desde pequenino pouco mudou. Melhorou-se a cosmética e a retórica dos discursos, nada mais.
...de continuar a ouvir as mesmas promessas isoladas, as ideias em flash que ninguém consegue explicar como começar, acabar, ou simplesmente enquadrar no panorama actual, a falta de coerência, a troca de acusações e a nomeação de culpados para distrair e camuflar impotência e incompetência. Mas sobretudo, a ausência de um fim, um propósito.
...de recordar que temos partidos, Governo e Assembleia da República para vomitarem leis à mercê das oligarquias, em vez de pensarem nelas para estabelecer a harmonia e a justiça, damdo-lhes vida de uma forma estruturada, e em compromisso com a sociedade.
...pensar que a história se vai continuar a repetir, porque quando alguém não tem objectivos não luta, não procura, não tem esperança. Assim acontece com uma Nação.
...de analisar cada candidato com a distância partidária que me caracteriza, e de achar que nenhum tem um modelo ou uma linha de pensamento com cabeça, tronco e membros, enquadrada com a realidade actual, e que nos dê algo em que possamos acreditar ou pelo menos compreender. Resta-nos continuar a rastejar para pagar as dividas e seguir os chefes da Troika, pois nem vale a pena pensar que nos vão dar descanso até que acertemos as contas.
...de entender que vamos trabalhar mais, talvez ganhar menos, que o nosso dinheiro vai também valer menos e que vamos ter menos direitos, que o desemprego vai aumentar, os impostos vão subir, etc. Sim ok, é um esforço nacional para tirar o estado do fosso, mas até quando? Não foram estas as políticas da última década? Em que medida isso resolveu ou resolverá o problema estrutural da nossa economia?
...de estar plenamente convencido que qualquer partido ou coligação que venha a governar portugal não terá hipóteses de oferecer na primeira metade da legislatura medidas e reformas agradáveis. A menos que queira mesmo levar o país à banca rota.
...de estar plenamente convencido que igualmente o país irá à falência se mantivermos apenas como eixos orientadores o défice, e as consequentes medidas austeridade.
...de continuar a sonhar que a política e sociedade se unam e percebem que somos todos UM, que precisamos uns dos outros, mas que necessitamos de saber o que esperar, o que fazer, como fazer, o que procurar, que compromissos assumir de parte a parte, quais as metas, quais os riscos, quais os desafios, quais os recursos... Onde raio devemos investir as energias de uma vida? Temo que não haja nenhum candidato que dê resposta a estas questões. Por isso, até lá vou me divertindo com debates entre senhores a brincarem aos partidos.
...de ter a ousadia de criticar quando também não tenho todas as respostas para estas questões. Porém, tenho esse direito porque sou contribuínte, e parte do que me é sugado a mim e aos demais pelos impostos tem servido para pagar os salários destes senhores deputados e candidatos que o melhor que sabem fazer é olhar pra trás em busca dos mártires, falar muito dos problemas que toda a gente já sabem que existe, e passar "batatas quentes" uns aos outros.
IRRA... que cansaço! Olhem para o futuro com a consciência do presente que é pra isso que são eleitos e pagos, mas não se esqueçam do povo que é quem vos elege, idolatra ou derruba, e, sobretudo, quem pode ser capaz, com a vossa ajuda, de por este país no rumo certo.

06 abril 2011

Quem quer ser resgatado, mais uma vez, com dinheiro de todos?

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, fez duras críticas à intenção da banca privada de não emprestar mais dinheiro ao Estado. “Trata-se de uma clara cartelização que pelos vistos foi combinada, pasme-se, numa reunião com o Banco de Portugal, o regulador do sector financeiro. É o descaramento total”, disse hoje Bernardino Soares, no período de declarações políticas, no último plenário da XI Legislatura.

O líder parlamentar comunista lembrou que a banca portuguesa – a mesma que “não pode fazer mais sacrifícios” – “recebeu milhares de milhões do erário público em financiamento e em avales” e “paga taxas baixíssimas de impostos mesmo com altíssimos lucros”. in
[Público]

O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, considera que em Portugal “o problema não é tanto de dívida pública como de financiamento dos bancos e dívida privada”. in [Público]

03 março 2011

Um «Governo Mundial» (II)

Há dois anos escrevia sobre um editorial do Financial Times. O conteúdo, do editorial, resumia-se no seguinte conceito: um "Governo Mundial". Pela relevância do autor, do jornal, e das suas ligações, a conclusão era óbvia: "sensibilizar" para o que aí vem. Passado dois anos, cá estamos -a ceder a soberania das nossas decisões ao grande poder financeiro. Parece que o plano está a ser escrupulosamente cumprido. Vejam os sinais: [Fitch]"É desejável uma maior diluição das soberanias nacionais" .