19 junho 2011

Recomendável

Fui vê-lo sem imaginar que fosse o mais recente filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. Com um elenco integrando actores como: Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain, foge ao habitual romancear materialista comum de Holywood na abordagem à espirutalidade humana. Uma visão mais séria e profunda. Assim seria de esperar ao ter vencido o mais distinto prémio europeu de cinema. Talvez de difícil compreensão para mentes pouco abertas e cépticas, mais presas e centradas às questões terrestres. Não será certamente um êxito de bilheteira por estas bandas. Oxalá estivesse enganado.
A película recorda oportunamente a nossa pequenez enquanto seres pertencentes a uma natureza comum à de outro seres, e dos seus mais básicos instintos, formas de agir e controlar, que são de difícil compreensão para o comum dos mortais, sobretudo quando perspectivadas num Universo muito vasto, que nos é impossível compreender ou sequer projectar na sua imensidão e diversidade. Uma mensagem muito oportuna numa era em que a humanidade bem precisa de um abanão. Uma chamada de atenção para as possiveis consequências da inveja, do materialismo, da megalomania, da ganância, e do autoritarismo. E por outro lado, uma demonstração de como a felicidade está presente nas coisas mais simples e nos momentos nos quais se dá e se recebe sem exigências, de coração aberto.

Profundo e inquietante, não dispensou uma fantástica banda sonora, execelentes representações dos actores e efeitos especiais maravilhosamente surrealistas numa visão realísticamente plausível de Deus (muito de encontro à que tenho em fé) ou pelo menos hipotéticamente questionável à luz da ciência moderna.

Quem é Ele?

Da minha parte respondo: Está em todo o lado, em todas as lufadas de ar que respiramos, em toda a água que nos banha, no sol que nos aquece, na terra que nos sustenta, em todos os átomos, moléculas, elementos e reacções físicas e químicas de energia do cosmo que rodeiam a vida e a "não vida", a matéria e a não matéria. Assim mesmo o filme parece dar esta visão integrada do ser humano, e de Deus.

Ele é tudo, e nós somos parte dele. Não o conseguimos perceber na sua totalidade, é impossível. Nem tão pouco percebemos a totalidade do que somos e do que nos rodeia na terra, ou o sentido de existirmos. Quando nascemos somos mais próximos Dele, puros. Aos poucos a vida dada por Ele abre os caminhos que cada um escolhe, que nos aproximam ou afastam, e Ele vai corrigindo as imperfeições da superfície para não perder a sua perfeição, agarrando o que o auxilia tornar-se mais grandioso e resplandescente e corrigindo o que o faz perder energia e beleza. Se a humanidade não for fazendo por isso... bye bye, acontece o mesmo que aos dinossauros, "evoluídos" seres crueis, vaidosos, controladores e dominadores da terra, extintos por um um meteorito. E talvez se a coisa for prática comum por outros mundos e por outras galáxias...BOOM...talvez outro Big Bang para recarregar energias. E não pensem que é castigo ou crueldade Dele... não não é, só nos está a ajudar, talvez com o Seu instinto mais básico de todos e comum ao nosso, o de sobrevivência, e a busca da perfeição de alguma forma, que O leva a deitar abaixo o "castelo que construiu" para começar tudo de novo, erguendo outro mais perfeito ainda. Já alguém dizia que, "Deus criou o homem à Sua imagem e Semelhança."

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