15 julho 2009

Património

Na serra de Sintra, ergue-se bem alto um dos monumentos nacionais que mais gosto - o Palácio da Pena. Apesar do elevado valor que cobram pela entrada no espaço, vale pelos seus jardins frescos ricos em diversidade de flora, pela vista sobre o horizonte, e pela beleza estética do palácio. Tudo é magnífico. Faz lembrar aqueles contos de fadas que ouvíamos em criança, e que dão aso ao imaginário até dos menos sensíveis. Ideal para um dia em família ou para se passear com a cara-metade.
Pena é (e aqui não se trata de trocadilho com o nome do palácio), que outros monumentos e outro património, não tenham seguido o exemplo de conservação e aproveitamento turístico deste. Assim sendo, quando passarem pela capital, façam um desvio até Sintra para visitar esta preciosidade e, aproveitem para comer um queijadinha.
É caso para dizer - "vá para fora, cá dentro."

5 comentários:

  1. É um bom lema e realmente Portugal tem um vasto património, infelizmente pouco ou mal explorado.Ao contrário dos contos de fadas, lembro-me de em criança ler "Uma aventura no Palácio da Pena" e achei fantástica a descrição. Já vem daí a minha curiosidade em conhecer o Palácio mas ainda não tive oportunidade.

    ResponderEliminar
  2. Este palacio é um expoente maximo do romantico em Portugal,é uma perola que é mantida em bom estado, com o apoio do preço dos bilhetes, no entanto é preferivel pagar e ver o património preservado que não pagar e ve-lo em ruinas, como é exemplo a maioria dos nossos solares de Basto que são o expoente maximo da arquitectura civil Barroca e rococo, acompanhados pelos seus explendidos, pelo menos em tempos, jardins e paisagem verdejante que os circundam, isto tudo é património.

    ResponderEliminar
  3. Charlene, quando tiveres oportunidade vai conhecê-lo, não te arrependerás.


    Carlos, eu também prefiro pagar e ver o património preservado do que vê-lo em ruínas. Contudo, o Palácio da Pena é propriedade do Estado, e está sob a alçada no Ministério da Cultura, pelo que a sua conservação a ele compete. Por outro lado, a maioria dos solares que referes são propriedades privadas, cuja conservação é da responsabilidade dos seus proprietários. Suponho que aqui te refiras ao suposto trabalho mais eficaz que pudesse ser feito pelo IGESPAR, no sentido de incentivar, e até pressionar, os proprietários desses solares a conservar as suas propriedade com valor patrimonial.

    ResponderEliminar
  4. Caro Abel penso que a questão não tem tanto a ver com o proprietário mas antes da consciência do valor dado ao património. Penso que é redutor o papel atribuído actualmente à cultura e património para fazer afirmar o nosso paìs que é riquíssimo nesse aspecto. o Solar dos Mateus é um solar muito bem conservado, que tem um valor patrimonial infindável e cuja recuperação não está a cargo do IGESPAR. Todo este descuido a que o património está votado parece-me ter origem numa falta de visão para o território, e para o uso que lhe é dado., tem-se feito muita obra de equipamentos e levantaram-se de raiz, Salvo raras excepções, como a casa do povo e o museu terras de Basto, que poderiam pelo bom resultado serem tomadas como exemplo para próximas intervenções. Actualmente existe legislação que obriga os proprietários a recuperar património identificado ou é automaticamente expropriado para mãos publicas, o problema aqui é que me parece que continua a haver nesta parte também uma falta de visão para empregar um melhor rumo a esse património.

    ResponderEliminar
  5. Não discordo, de todo, dessa falta de visão e consciência que referes. Apenas comparei duas situações diferentes: a do património do Estado, cuja conservação é feita com a ajuda de quem os visita pela cobrança de determinado valor à entrada (como é o caso do Palácio da Pena e outros museus); e a de outro património que embora classificado, é propriedade privada, e que não tem fonte de rendimento para a sua conservação a não ser pelo bolso dos seus proprietários, ou por fundos comunitários (cada vez mais escassos) préviamente sujeitos a concursos e projectos integrados em programas de aproveitamento dessas propriedades para outros fins (como por exemplo: turísmo de habitação, etc). E como dizes no último parágrafo, estamos a falar de uma legislação que existe mas que não se cumpre devidamente, ou no timming adequado, que tem como consequência principal, a degradação desse mesmo património, que embora privado enriquece o país pelas mais variadíssimas razões.

    Agradeço a partilha das tuas opiniões.

    ResponderEliminar