11 agosto 2009

Anna

Terminei a leitura do volumoso Anna Karénina de Tolstoi. Um livro viciante que durante semanas me permitiu viajar pela Rússia do século XIX através dos seus personagens. Ao longo da leitura senti as dúvidas, a alegria, o medo, a tristeza e até o desespero sentidos pelas personagens e senti-me como se eu fosse cada uma delas. Esta é uma proeza que só um grande escritor como Tolstoi consegue, transmitir sentimentos e acontecimentos de forma tão real que parece estarmos a vivenciá-los.

O excerto que de seguida transcrevo não foi escolhido por considerar que é a moral da história mas apenas porque foi uma das passagens que mais me marcou.

"Sim,em que estava eu a pensar?Em que não posso imaginar uma situação em que a vida não seja sofrimento, que todos nós fomos feitos para sofrer, e que todos sabemos e estamos sempre a inventar meios para nos enganarmos. E quando vemos a verdade, o que fazer?

- A razão foi dada ao homem para se livrar daquilo que o incomoda-disse a senhora em francês(...)

Estas palavras pareciam responder ao pensamento de Anna.

-Livrar-se daquilo que o incomoda- repetiu Anna."

1 comentário:

  1. Os boa literatura e os bons autores são assim: viciantes e, com a capacidade de nos colocar dentro da história através do nosso imaginário, guiados pelo imaginário do seu autor. São os bons livros que nos enriquecem por dentro e que nos trasmitem conceitos e juízos que perduram no tempo sem nos apercebermos.

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