23 maio 2008

O laço aperta-se

O coordenador do estudo “Um Olhar Sobre a Pobreza”, Alfredo Bruto da Costa, não tem dúvidas: os baixos salários são um problema grave, que contribui para a pobreza em Portugal. É preciso aumentar os ordenados e democratizar as empresas.

Um realístico e desconcertante estudo. E, por vezes, temos de nos deixar de panos quentes, porque, como em quase todos os problemas em Portugal, um dos factores principais para isto é a mentalidade tacanha e individualista que possuímos. Mais que os salários baixos, a gestão incompetente, e a falta de vontade de combate, transversal a toda a sociedade, é a inércia em mudar o conjunto de opiniões e de preconceitos relativamente a este grave problema estrutural que corrói e aprofunda o apertar do laço.

2 comentários:

  1. Julgo que em relação à pobreza em Portugal não podemos culpar apenas o Governo. Tudo isto está relacionado com a problemática económica mundial. O próprio governo não tem culpa, por exemplo, de Portugal ser um país pobre e de haverem poucas indústrias no nosso país e, além disso, dos empresários que têm muito dinheiro não estarem a investir como seria desejado. (Não há cabeça!)


    De salientar que Portugal, na era dos descobrimentos, já foi uma grande potência mundial e, na minha opinião, teria capacidade de o ser actualmente caso os portugueses (ao exemplo dos ingleses) tivessem tido cabeça para aproveitar os recursos das ex-colónias. Infelizmente todos nós sabemos que esse não foi o caso.

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  2. Aí está um grande entrave para o desenvolvimento económico. A "iletracia" económica de uma parte significativa de gestores aliada a um certo comodismo da parte dos trabalhadores.

    Junta-se as nossas idiossincrasias económicas com o nível salarial baixo, muito baixo, sem subidas reais do poder de compra há cerca de oito anos com um custo de vida digno de um qualquer país nórdico e resulta, em parte, nestes dados.

    A nível histórico, Portugal "desperdiçou" realmente oportunidades. O comodismo criado àquela época com algum infortúnio e eis que o País esteve estagnado durante vários anos. Espera-se com a informação e a consciencialização do tempos que correm que a mentalidade, e cá está o principal entrave, mude a maneira de progredirmos.

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