11 agosto 2008

[Silly Season daily dose] (...)seria bom que todo o mundo vivesse na pré-história ou no tempo da escravatura

Cocktailparty (Hamburg, 1931), Andreas Feininger

A rubrica de dose (quase) diária de momentos da Silly Season, está hoje, inteiramente dedicada a um delator de opiniões que engraça (a sério, acho imensa piada a ele ou a ela). Não ouve, não sabe ouvir e ainda, no alto da sua "sumidade", critica (tendenciosamente) quem ouse contrariar a sua clara orientação (política, sexual, opinativa etc.). A sua forma de "ver" é única e universalista. Não se pode questionar ou (áureo pecado) contrariar. Podemos sempre divertir-nos a lê-lo(a), sem dúvida engraçado(a). Mas, a sua obsessão por quem o(a) contrarie (ideologicamente) fá-lo repetir incessantemente esta ideia (ou mensagem): não ouses questionar, muito menos criticar. Porque se o fazes estás contra tudo e todos. Lembra-me idos tempos.

Vale a insistência de alguns em contrariar e questionar até aquilo que (aparentemente) está inquestionavelmente conotado como positivo, bom e progressivo.

3 comentários:

  1. O problema é o menosprezo e o desrespeito pela opinião alheia, pelo simples e retrógrado facto de não ser compartilhado pelo autor da crónica.

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  2. Gostei especialmente da frase desse AC, e passo a citar - " povo Cabeceirense, esse povo anónimo, esse sim, inteligente, sabe que Cabeceiras de Basto é cada vez, uma terra mais desenvolvida."
    Como se o desenvolvimento de um qualquer território fosse mensurável apenas pelas infra-estructuras que tem (variantes, piscinas, bibliotecas e afins...) Esse AC talvez se esqueça que os cabeceirenses jovens não param em cabeceiras porque não tem trabalho bem remunerado, preferem trabalhar nos grandes centros urbanos ou emigrar para Espanha. O pouco emprego disponível é fornecido pela Autarquia e apenas a alguns, sabe-se lá em troca de quê. As poucas indústrias que existem vão abrindo falência, e o comércio cada vez mais pobre e com menos rendimentos. E em contrapartida a Autarquia taxa tudo o que é imposto ao máximo permitido por lei. Um pouco antagónico, penso eu. E é este o Concelho desenvolvido que o AC idolatra.Se no futuro,as piscinas, bibliotecas, e afins tendencialmente forem menos frequentadas eu não vou ficar nada espantado.

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  3. Eis que o realmente falta, por má política ou por dificuldades aparentes, a fixação de trabalho qualificado em Cabeceiras.

    Seria um passo sério no combate à desertificação humana. Sinceramente, penso que a autarquia tem feito alguma coisa para tentar fixar/criar trabalho, e em particular, trabalho qualificado em Cabeceiras de Basto.

    Mas, como o resultado é nulo ou quase (dando como a garantia que se criou tal tipo de trabalho mas, pessoalmente, não conhecendo exemplos) deve-se questionar as entidades competentes. Será por dificuldades acrescidas ou por má política de aliciamento de investimento "qualificado". Pertence ao senso comum que não é um processo fácil, o de fixação de trabalho qualificado mas também o é as dificuldades que se sente, em Cabeceiras, para se fixar/criar uma empresa (desde de lentos processos burocráticos, taxas autárquicas exageradas, falta de condições etc.). Falta discussão e propostas alternativas, por parte da sociedade civil e pelas entidades políticas que, raras excepções, vivem no silêncio demagógico ou na propaganda desenfreada.

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