O governo regional da Madeira, habituou-nos (palavra que implica que erros e malformações políticas sejam interpretadas com brandura) a espectáculos tristes, dentro e fora da espera da legalidade política. O recente caso (do deputado "comunista" do PND, José Coelho), não menosprezando a sua actuação menos cortês, em que um deputado é impedido de entrar num espaço público (pelo menos para deputados e afins) onde se produz legislação e, por vezes (como neste caso), se calca a lei, é deveras revoltante.
O que fará o responsável máximo[o PR] pela regulação das instituições públicas e governativas do nosso ilustre e civilizado país?
O nosso ilustre e garboso Presidente da República possui a particularidade (quase divina) de ser tão premente a abanar "normazinhas" do Estatuto Político-Administrativo dos ilhéus (entenda-se, insulares não afectos a esta presidência) mas ao mesmo tempo (qual omnipresente ser) ser perdulário e benévolo perante os atentados à Democracia na terra dos insulares (entenda-se, insulares afectos a esta presidência).
Nas funções, definidas na nossa Constituição, de tal divino e irrepreensível ser (entenda-se o PR) há a possibilidade (sim, porque não é obrigado a tal) de regular o funcionamento das instituições democráticas. Será que ele (o divino ser em causa) irá utilizar tal função presidencial e regular as instituições democráticas na Madeira? Provavelmente, não. Pelo simples facto de não poderem ser reguladas --não é por o Alberto João ser um importante e influente político no partido ao que o divino pertence, mas, sim, porque o PR só pode regular(ou pelo menos pretender regular) o funcionamento das instituições verdadeiramente democráticas. E assim se "politiza" em Portugal.
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