23 setembro 2010

Outra Notícia, Três Perguntas

Teixeira dos Santos anuncia mais medidas de austeridade para cumprir o objectivo do défice. Passos Coelho recusa compactuar com um aumento de impostos. Cavaco Silva não intervém, limita-se a pedir que o PS e o PSD se entendam.

Para quando o final da crise?

10 anos a fazer sacrifícios cansa um pouco. Quando é que os portugueses poderão ao menos respirar e ter alguma esperança num futuro melhor?

Quando é que teremos políticos com verdadeiro sentido de Estado, que se deixem de politiquices e de acções e posições ao sabor das conveniências?

Estou farto

5 comentários:

  1. Para 2011 para além dos já anunciados cortes nos benefícios e deduções fiscais em àreas como a educação e saúde já se começa a ouvir falar de aumento de IVA para 23% e de um eventual corte no subsídio de Natal. Sinceramente não me parece que a a redução de rendimento disponível das famílias seja a solução para a crise mas os nossos políticos são tão "vazios de ideias" que não sabem como e onde cortar nos gastos e apenas conseguem equilibrar o orçamento com o aumento de impostos. Uma qualquer dona de casa de uma família modesta habituada às limitações orçamentais faria certamente um melhor trabalho que estes senhores. Assim qualquer um governa!!!
    Mas temos que nos animar porque Lisboa vai ter linha de TGV e uma nova travessia sobre o Tejo e na Madeira há empresas que facturam 3 mil milhões de euros (mas não pagam IRC). Entretanto aqui pelo interior temos taxas de desemprego de mais de 20% e os estímulos à criação de empresas e empregos são quase inexistentes.

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  2. O método é o de sempre: aumentar a receita pelo aumento de impostos naqueles que sempre pagam a crise, e nunca cortar fortemente na despesa, especialmente naquela que não trás benefícios para o país. É só olhar à nossa volta e ver, há tanto sítio onde cortar, tanta porcaria de dinheiro público mal aplicado e sem garantia nenhuma de retorno. Enfim, mas como dizia o António Costa há dias (aquele boy do PS que é o Edil de Lisboa) 80% da máquina do Estado é representada por médicos, enfermeiros, professores, polícias, militares, etc, ou seja, toca a cortar nos salários deste malandros que eles é que têm culpa do estado em que o país está. Ele esqueceu-se foi de esclarecer se esses 80% da máquina do Estado se referem aos salários desses funcionários apenas (tenho a certeza que não), ou se representam os custos totais com a saúde, educação, defesa e segurança nacional. É que a ser a segunda hipótese não me parece assim tão anormal, pois são bens essenciais para que qualquer sociedade se desenvolva e com as quais qualquer país civilizado tem preocupações fortes. Ele esqueceu-se também de referir quanto é que representa a classe dele na máquina do Estado, desde salários, a prémios, a benefícios, reformas, regalias, etc. Talvez a classe politica represente os restantes 20% da máquina do Estado, onde se calhar era bem possível cortar uns 10% da despesa. Paulo, é tudo uma cambada de hipócritas e desonestos. Portugal precisa de outro 25 de Abril, e é a nossa geração que tem de começá-lo.

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  3. "O pagamento de 1048 milhões de euros pelos dois submarinos vai representar um aumento no défice orçamental em 0,6 por cento. O ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, deixou um alerta: "Os contribuintes portugueses terão de fazer um esforço enorme."" - Lia-se no Correio da Manhã no ínicio do mês.
    Mas alegremente iremos pagar por via dos nossos impostos estes submarino que segundo o ministro tem "importância estratégica" e "capacidade dissuasora e de defesa avançada". Sim porque podemos ser invadidos pelos Cubanos, esses comunistas!!!
    Submarinos, estádios de futebol, auto-estradas a torto e a direito, Institutos públicos e parcerias público-privadas pouco transparentes, pareceres jurídicos pagos a peso de ouro etc etc.. São muitas as palermices e incomptências que nos levaram ao estado actual e curiosamente no espaço de poucos meses passamos de uma situação que as medidas tomadas (PEC) eram suficientes e adequadas tendo sido inclusivé aplaudidas por entidades externas (Comissão Europeia, OCDE etc.) para uma inevitável subida dos impostos. Porque? Porque os nossos governantes andaram a dormir e do lado da despesa não só não cortaram como foram capazes de a aumentar ainda mais. Ao invés os nossos vizinhos espanhois estão a fazer um trabalho notável e sim também aumentaram impostos mas reduziram fortemente a sua despesa.

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  4. Ó Paulo, o problema não são os submarinos e esses, se existisse em Portugal uma boa política de investimento nos recursos do mar (nós temos a 3ª maior zona económica exclusiva do mundo), seriam de enorme utilidade para vigiar aquilo que é de todos nós. Mas o verdadeiro problema está na incapacidade que este governo tem de reduzir a despesa. E estamos permanentemente a querer aumentar a receita à custa da subida de mais impostos que atingem a já de si pobre classe média. O problema deste país é que temos um governo que há meses está em piloto automático, numa situação de grave crise económica. A este ritmo de endividamento, porque ninguém nos empresta dinheiro, ou se empresta é a juros record de 6,1%, em poucos meses estaremos na banca rota, com o país a entrar em colapso, e a deixar de haver dinheiro para pagar aos médicos, enfermeiros, professores, etç, etç. A realidade é que há meses atrás aceitamos fazer sacrifícios com a subida de impostos para as empresas e para os particulares, julgando com isso que o Governo ia controlar a despesa, aumentando a receita. Mas não! A despesa continua a subir a um ritmo incontrolável. Para mim, Paulo, os responsáveis estão bem identificados: Sócrates, Teixeira dos Santos e companhia limitada. São uns incompetentes que estão a arrastar este país para o abismo. infelizmente para nós, dentro de poucos meses, vai-nos acontecer o mesmo que à Grécia. Medidas draconianas. Aumento de preços de bens de primeira necessidade. Redução de salários em 20%, enfim, o descalabro!

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  5. Caro Eduardo, o exemplo dos submarinos serviu apenas para caracterizar aquilo que eu considero serem maus investimentos até porque os pagamos caríssimos porque havia (há?) um tal contrato de contrapartidas, do qual ninguem fala e que tem taxas de execução miseráveis.
    Responsáveis? Infelizmente não me vêm à memória nenhum governante que não tenha contribuido para engordar o "Monstro" como lhe chamou Cavaco Silva, ou para nos tirar do "Pântano" em que estava/está o país como referiu Guterres.

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