29 janeiro 2008

Reformar para eleger

Entramos na segunda metade do mandato do executivo, e as palavras de confiança diluem-se no objectivo (evidente) da reeleição. Renova-se um secretário de estado, dois ministros, ambos contestados. Aproxima-se o prelúdio eleitoral, a reforma manter-se-à, esperamos que o modo da sua implantação mude.

5 comentários:

  1. Marco andas a copiar o Marcelo Rebelo de Sousa?

    Muita água vai correr debaixo da ponte até às eleições...

    Pela ordem de ideias a que te referes, não sei porque é que Sócrates não mudou, por exemplo, de Ministro das Finanças... Esse sim vai todos os dias ao nosso bolso...ou então o Ministro da Segurança social pelo facto dos pobres continuarem pobres, por exemplo...

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  2. Não sei ao que se refere ao Marcelo R. de Sousa mas gostava em conseguir adaptar algumas coisas dele em mim.

    O ministros das finanças e da segurança social não têm tido contestações tão dramáticas sobre os seus trabalhos ou falta deles. Por isso o PM não terá aparentemente nenhum motivo válido para ele os exonerar.

    Como disse, é o prelúdio eleitoral.

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  3. Caro anónimo, não se muda de ministros como se muda de cuecas. lol. Apesar de discordar com determinadas opções dos ministros que referiu, não acho conveniente que sejam demitidos pelos motivos que indicou. primeiro ponto - um governo deve ter estabilidade e transmitir confiança (recorda-se do que aconteceu ao executivo de Pedro Santana Lopes?). Quando um Primeiro Ministro demite muitos ministros em pouco tempo, não se augura nada de bom; segundo - Estes ministros receberam uma má herança dos governos antecessores; terceiro - Os portugueses têm de aprender a ter calma, isto é, não esperar resultados imediatos das medidas governativas implementadas; quarto - Vão sempre haver ricos e pobres, o importante é que a pobreza se aproxime o mais possível da riqueza. E é também importante que os ricos aprendam a dividir mais com os pobres; quinto - Tem razão quando refere que o Ministro das Finanças nos vai ao bolso todos os dias, e eu que o diga (saca-me cerca de 160 euros de IRS todos os meses). Eu pessoalmente tenho uma certa admiração pelo trabalho dele, por vários motivos: Parece-me uma pessoa séria, realista, directa, transmite-me confiança e não promete aquilo que sabe que não pode cumprir, ou seja, não é demagogo como os seus antecessores. Sexto - As finanças estão caóticas principalmente pela falta de cultura cívica global (fuga aos impostos e invasão fiscal - a culpa é de todos, ou quase todos) sétimo - Os portugueses não podem estar à espera que seja apenas o estado a gerar riqueza. Com a globalização actual as exigências são cada vez maiores, as pessoas vão ter de progredir na sua formação, trabalhar mais e melhor e serem mais responsáveis, para que o país se torne mais competitivo. oitavo -Um Estado não se governa apenas de política, mas também pela sociedade que o constitui. Quero com isto dizer que a sociedade portuguesa não ajuda à boa governação. nono - Se pudesse "puxar as orelhas" ao Ministro do Trabalho e Solidarieade Social, não seria pela pobreza ou riqueza, mas sim pelo que não foi feito para impedir a subida do desemprego. décimo - No dia das próximas legislativas cabe aos portugueses julgar o actual executivo. Até lá, vamos esperar para ver os resultados da governação.

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  4. Concordo com o Abel Alves, falta cultura cívica, cultura de cumprimento de obrigações.

    Acho que o Governo podia ir mais longe em matéria de fraude e evasão fiscal nomeadamente com a alteração do ónus da prova para o contribuinte nos casos das manifestações de riqueza, á semelhança de outros países Europeus.

    Actualmente "o burro" é aquele que cumpre com as suas obrigações fiscas e contributivas e o "Chico Esperto" é aquele que não declara os rendimentos, não paga as contribuições devidas.

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  5. Concordo plenamente com que o Abel e o Paulo escreveram.

    Temos de acabar com as políticas de efeito imediato. Foram este tipo de medidas que nos levaram este statu quo.

    Mais, a qualidade de uma governação também se mede pela as propostas criadas pela oposição. E o que tenho visto, pelo menos no maior partido da oposição, são inexistentes ou de fraca qualidade.
    Esta é a maior causa da popularidade do actual executivo.

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