08 junho 2008

Portugal: o país onde parasitar o Estado é um acto impune e desparasitá-lo é extremamente impróprio

Um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o Estado português foi lesado no negócio do "casino" com a Estoril-Sol. Ora, em causa estava um aditamento ao artigo que garantia a reversibilidade do edifício e do parque de estacionamento ao Estado, que levou a uma alteração "imperceptível" ao artigo, atribuindo agora, findando a concessão, o edifício e o parque de estacionamento à Estoril-Sol. Ora, juntemos um governo em fase de gestão, uns capitalistas com uma visão de estado como propulsionador dos seus negócios, e políticos em que a causa pública está num grau de prioridade abaixo da mais inútil futilidade (passo o pleonasmo) e a consequência recai para o mais comum cidadão que tem de pagar o enriquecimento de alguns em detrimento do roubo de muitos.

O efeito é irreversível, o edifício e o parque de estacionamento reverterão, acabado o tempo de concessão, para a Estoril-Sol. Mais uma vez, a impunidade dos actores políticos e empresários gananciosos é assegurada. Já era tempo de vermos alguns destes parasitários serem julgados pelos seus crimes. Crimes estes, que se perpetuam com a impunidade dos seus autores.

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