20 julho 2008

'Juventudes' em silêncio

Um fim-de-semana fecundo em celebrações das juventudes partidárias dos partidos do centro político. Inevitavelmente, e de forma instantânea, os meus pensamentos focalizam-se cá no burgo. Cá, os laboratórios de ideias ou escolas do crime, como disse outrora o caricato Paulo Portas, estão em pleno estado comatoso. Não se ouvem, não se vêm, não se sentem. Provavelmente, estarão desapontadas ideologicamente (pela conduta do partido em questão não corresponder às suas jovens intenções) ou ao nível utilitário, sendo as 'jotas' acusadas de centros de estágio de carreiristas da política, (a progressão da 'carreira' não ser a desejada). Muitas outras hipóteses poderiam expressar a apatia política das 'jotas' locais, mas, uma, sobressai reluzentemente: o desinteresse particular e colectivo pela causa comum, tendo como consequência o enfraquecimento da Democracia e dos seus crentes.

2 comentários:

  1. Os jovens sentem a necessidade de lutar pela causa comum por meios que não atribuam automaticamente rotulos e exemplo disso é o trabalho feito por muitos em outras organizações de foro não politico.
    Os jovens querem trabalhar e ha quem os possa guiar muito bem porque em qualquer batalhão tem de haver sempre um comandante, mas um comandante que pense por si proprio e com força para não ser manipulado pelos que tem a mania que sabem tudo e não sabem "nada".

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  2. Com certeza.

    A causa comum e o seu derivado associativismo tem tomado diferentes tons neste início de século. Enquanto o sindicalismo e o associativismo partidário têm perdido aderentes, são as outras formas de associativismo pela causa comum que têm visto o aumento de aderentes. É um incremento em novas formas de cidadania, sem os extremos e o utilitarismo que vão determinando a descrença.

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