Talvez quem escreveu isso seja alguém que gozou de muito boa situação económica durante os governos de Direita. Mas, se nos preocuparmos apenas com o nosso "umbigo" a nossa visão e opinião política torna-se tendencialmente parcial.
Temo que por muito mal que um partido governe, os seus militantes apoiam as suas políticas até à morte, com excepção de alguns corajosos e fieis aos princípios da democracia, que no entanto, são logo crucificados na primeira intervenção. Actualmente são os de Direita que atribuem a culpa aos de Esquerda. Talvez no futuro quando estiverem no governo, os papeis se invertam.
A minha opinião é um pouco diferente. Eu penso que a actual situação do país se deve a erros sucessivos de governação quer pela Direita quer pela Esquerda. Aliás até hoje apenas compreendo a diferença ideológica das duas na teoria, porque na prática, nunca consegui definir muito bem as suas divergências. Talvez o que faça falta a Portugal e ao Mundo é um ponto de equilíbrio ideológico e não uma guerra mesquinha de partidos, que não nos leva a lado nenhum. Direita e Esquerda deveriam ser complementares, uma espécie de ponte, e não as duas margens de um rio que jamais se encontrarão. Os governos e os seus partidos de oposição deveriam governar com sentido de Estado. Pelo contrário, os governos que se sucedem para além de pouco verdadeiros governam para determinadas classes, e depois ao aproximarem-se as legislativas dão um "cheirinho" de reformas e medidas populistas, numa tentativa de caciquismo como forma de se manterem no poder. As oposições por seu lado, são politicamente muito muito fracas. Limitam-se sempre a criticar o que se vai fazendo quer seja bom ou mau. Mas criticam sempre e sempre, porque não sabem fazer outra coisa. Por muito boa que a reforma ou a medida seja para o país, a oposição é sempre do contra. E o mais engraçado é que raramente apresenta propostas ou soluções alternativas.
A política portuguesa é uma introspecção, fechou-se há muito para dentro de si mesma, e fechou-se sobretudo para a sociedade civil. os próprios partidos fecharam-se. A opinião da sociedade parece pouco importar, os partidos definem o trajecto e assumem o mesmo de ouvidos moucos. Uma espécie de quero posso e mando. Fazem-se greves e manifestações... e continua tudo namesma.
Portugal é uma partidocracia em vez de uma democracia. Não é apenas o país que necessita de reformas, o modelo político global carece de uma reforma profunda. A sociedade tem de ter palavra e ser muito mais interventiva, e os partidos devem ser meros guias e não entidades autocráticas. Mas para que isto aconteça a sociedade tem de estar bem informada e é também necessário que se mudem as mentalidades, até porque a globalização assim o exige. A sociedade experimenta hoje um rol de grandes modificações muito rápidas, diria mesmo, a uma velocidade alucinante, o que dificulta imenso o trabalho dos políticos. Os desafios de hoje são muito diferentes dos do passado, mesmo dos do passado recente. E os desafios do futuro infelizmente ninguem os consegue prever com exactidão. É importante que a política esteja actualizada, e acima de tudo que se adapte às sociedades no presente. É urgente alterar a forma de governar se quisermos salvar este planeta.
Talvez quem escreveu isso seja alguém que gozou de muito boa situação económica durante os governos de Direita. Mas, se nos preocuparmos apenas com o nosso "umbigo" a nossa visão e opinião política torna-se tendencialmente parcial.
ResponderEliminarTemo que por muito mal que um partido governe, os seus militantes apoiam as suas políticas até à morte, com excepção de alguns corajosos e fieis aos princípios da democracia, que no entanto, são logo crucificados na primeira intervenção. Actualmente são os de Direita que atribuem a culpa aos de Esquerda. Talvez no futuro quando estiverem no governo, os papeis se invertam.
A minha opinião é um pouco diferente. Eu penso que a actual situação do país se deve a erros sucessivos de governação quer pela Direita quer pela Esquerda. Aliás até hoje apenas compreendo a diferença ideológica das duas na teoria, porque na prática, nunca consegui definir muito bem as suas divergências. Talvez o que faça falta a Portugal e ao Mundo é um ponto de equilíbrio ideológico e não uma guerra mesquinha de partidos, que não nos leva a lado nenhum. Direita e Esquerda deveriam ser complementares, uma espécie de ponte, e não as duas margens de um rio que jamais se encontrarão. Os governos e os seus partidos de oposição deveriam governar com sentido de Estado. Pelo contrário, os governos que se sucedem para além de pouco verdadeiros governam para determinadas classes, e depois ao aproximarem-se as legislativas dão um "cheirinho" de reformas e medidas populistas, numa tentativa de caciquismo como forma de se manterem no poder. As oposições por seu lado, são politicamente muito muito fracas. Limitam-se sempre a criticar o que se vai fazendo quer seja bom ou mau. Mas criticam sempre e sempre, porque não sabem fazer outra coisa. Por muito boa que a reforma ou a medida seja para o país, a oposição é sempre do contra. E o mais engraçado é que raramente apresenta propostas ou soluções alternativas.
A política portuguesa é uma introspecção, fechou-se há muito para dentro de si mesma, e fechou-se sobretudo para a sociedade civil. os próprios partidos fecharam-se. A opinião da sociedade parece pouco importar, os partidos definem o trajecto e assumem o mesmo de ouvidos moucos. Uma espécie de quero posso e mando. Fazem-se greves e manifestações... e continua tudo namesma.
Portugal é uma partidocracia em vez de uma democracia. Não é apenas o país que necessita de reformas, o modelo político global carece de uma reforma profunda. A sociedade tem de ter palavra e ser muito mais interventiva, e os partidos devem ser meros guias e não entidades autocráticas. Mas para que isto aconteça a sociedade tem de estar bem informada e é também necessário que se mudem as mentalidades, até porque a globalização assim o exige. A sociedade experimenta hoje um rol de grandes modificações muito rápidas, diria mesmo, a uma velocidade alucinante, o que dificulta imenso o trabalho dos políticos. Os desafios de hoje são muito diferentes dos do passado, mesmo dos do passado recente. E os desafios do futuro infelizmente ninguem os consegue prever com exactidão. É importante que a política esteja actualizada, e acima de tudo que se adapte às sociedades no presente. É urgente alterar a forma de governar se quisermos salvar este planeta.