20 novembro 2008

Humm... na direita portuguesa ninguém "castra" ou "castrou" o desenvolvimento nacional, pois não?

Via [Ruptura Vizela]

Até ao sinal ortográfico de dois pontos concordo. O resto do escrito assemelha-se a uma ironia de situação, com um cariz político bem parcial.

1 comentário:

  1. Talvez quem escreveu isso seja alguém que gozou de muito boa situação económica durante os governos de Direita. Mas, se nos preocuparmos apenas com o nosso "umbigo" a nossa visão e opinião política torna-se tendencialmente parcial.

    Temo que por muito mal que um partido governe, os seus militantes apoiam as suas políticas até à morte, com excepção de alguns corajosos e fieis aos princípios da democracia, que no entanto, são logo crucificados na primeira intervenção. Actualmente são os de Direita que atribuem a culpa aos de Esquerda. Talvez no futuro quando estiverem no governo, os papeis se invertam.

    A minha opinião é um pouco diferente. Eu penso que a actual situação do país se deve a erros sucessivos de governação quer pela Direita quer pela Esquerda. Aliás até hoje apenas compreendo a diferença ideológica das duas na teoria, porque na prática, nunca consegui definir muito bem as suas divergências. Talvez o que faça falta a Portugal e ao Mundo é um ponto de equilíbrio ideológico e não uma guerra mesquinha de partidos, que não nos leva a lado nenhum. Direita e Esquerda deveriam ser complementares, uma espécie de ponte, e não as duas margens de um rio que jamais se encontrarão. Os governos e os seus partidos de oposição deveriam governar com sentido de Estado. Pelo contrário, os governos que se sucedem para além de pouco verdadeiros governam para determinadas classes, e depois ao aproximarem-se as legislativas dão um "cheirinho" de reformas e medidas populistas, numa tentativa de caciquismo como forma de se manterem no poder. As oposições por seu lado, são politicamente muito muito fracas. Limitam-se sempre a criticar o que se vai fazendo quer seja bom ou mau. Mas criticam sempre e sempre, porque não sabem fazer outra coisa. Por muito boa que a reforma ou a medida seja para o país, a oposição é sempre do contra. E o mais engraçado é que raramente apresenta propostas ou soluções alternativas.

    A política portuguesa é uma introspecção, fechou-se há muito para dentro de si mesma, e fechou-se sobretudo para a sociedade civil. os próprios partidos fecharam-se. A opinião da sociedade parece pouco importar, os partidos definem o trajecto e assumem o mesmo de ouvidos moucos. Uma espécie de quero posso e mando. Fazem-se greves e manifestações... e continua tudo namesma.

    Portugal é uma partidocracia em vez de uma democracia. Não é apenas o país que necessita de reformas, o modelo político global carece de uma reforma profunda. A sociedade tem de ter palavra e ser muito mais interventiva, e os partidos devem ser meros guias e não entidades autocráticas. Mas para que isto aconteça a sociedade tem de estar bem informada e é também necessário que se mudem as mentalidades, até porque a globalização assim o exige. A sociedade experimenta hoje um rol de grandes modificações muito rápidas, diria mesmo, a uma velocidade alucinante, o que dificulta imenso o trabalho dos políticos. Os desafios de hoje são muito diferentes dos do passado, mesmo dos do passado recente. E os desafios do futuro infelizmente ninguem os consegue prever com exactidão. É importante que a política esteja actualizada, e acima de tudo que se adapte às sociedades no presente. É urgente alterar a forma de governar se quisermos salvar este planeta.

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