Não só neste país à beira mar plantado, os governantes "direccionam" o pensamento para a economia real. Barack Obama (recém-eleito "the most powerful man on the earth") já condiciona as suas políticas económicas para salvar a economia real americana. Aquilo que outrora fora o motor desta economia (indústria automóvel) está a chegar a um ponto de ruptura financeira. As empresas americanas deste sector apostaram na continuidade de modelos grandes, potentes e despesistas em consumo de combustível. Criaram modelos automobilísticos em consonância com os desejos do americano comum (carros grandes, potentes, poluidores e pouco eficientes), sendo ultrapassados pelos modelos asiáticos (versáteis, pequenos e mais eficientes). Erros de gestão foram efectuados. Também eles (os construtores americanos) abusaram do e com o fervor financeiro - "desviaram" grandes quantidades de capital que invés de destinados (naturalmente) a melhorar as suas fábricas e os seus modelos foram para os fundos de investimento e jogadas na bolsa.
A «crise financeira» foi um duro golpe para estas aventuras de gestão. Tanto o crédito directo (a estas empresas) como o crédito ao consumismo está travado. Como tal, a medida de "contenção" em iminência é a imediata suspensão de produção. Dois milhões e meio de empregos ameaçados se a produção das três (GM, Ford e Chrysler) maiores empresas do sector for reduzida para metade (medida tomada como hipótese para salvar as empresas).
Agora o problema centra-se, como sempre, na liquidez (ou falta dela) necessária para restabelecer e reestruturar esta indústria. Após as exorbitantes quantias de dinheiro para ajudar as instituições financeiras ( cerca de 700 mil milhões de dólares), o governo norte-americano pouco "maneio" financeiro terá.
"Os bancos não concedem mais crédito. Não emprestam mesmo às empresas que estão bem, quanto mais às que estão mal. E, nestas condições, as opções habituais talvez deixem de ser possíveis.", diz Barack Obama. Eis o problema. Contudo, Barack Obama afirma: "É necessário ajudar a indústria automóvel, mas não deve ser passado um cheque em branco". Por isso, depois de uma primeira ajuda de 25 mil milhões de dólares aprovada pelo Congresso em Setembro sob a forma de empréstimos a taxas reduzidas (os quais ainda não distribuídos), aproxima-se uma outra ajuda suplementar de 25 mil milhões de dólares (a retirar dos tais 700 mil milhões de dólares do "plano paulson") a efectivar no reinício das sessões do Congresso.
Como a "globalização" económica se pauta pela interligação entre mercados (e mercadores), a Europa (a tal que sempre diz protegida dos espirros americanos mas no fim é ela que se constipa) juntamente com a sua indústria automóvel, mais uma vez, esperam pela "pancada".
que puta de bomba!
ResponderEliminar