18 novembro 2008

Num paraíso laranja perto de nós, a ironia não existe e, como tal, a democracia não impera

«Por isso, num tom irónico, Manuela Ferreira Leite questionou se «não seria bom haver seis meses sem democracia».» in [TSF]

Não percebo os "gritos" de exílio e os epítetos de fascista. Ela (a douta senhora que proferiu as irónicas palavras) utilizou a ironia oral(*). Um acto normal numa "normal" sociedade democrática e onde, pretensamente, deve imperar a ironia (a mais bela figura de retórica).

(*)Por favor não confundir a ironia praticada por MFL com a ironia socrática.

2 comentários:

  1. As declarações da Dra. Manuel Ferreira Leite espelham bem a qualidade da oposição que temos em Portugal. Eu acredito na democracia e nas reformas em democracia desde que esta funcione e para isso é necessário ter uma oposição forte e defenida, algo que está a faltar ao governo de Sócrates que das medidas tomadas o feed-back que recebe da oposição são uns ligeiros murmúrios, nuns partidos porque a sua representação é pequena e como tal não conseguem fazer-se ouvir e no caso do PSD por falta de qualidade dos seus líderes.

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  2. O paradoxo (eu talvez chamar-lhe-ia outra coisa) da sociedade portuguesa (pelo menos a que vota ou tem idade para tal) centra-se na opinião maioritária que PS e PSD são a mesma coisa, o PSD não se identifica e está a ter uma má prestação na oposição, o PS (governo) é o que é e o PS (parlamentar) uma nódoa. Contudo, para mal dos nossos pecados, a mesma ou pelo menos em proporções semelhantes, em sondagens, votariam PS ou PSD nas próximas eleições (seja elas quais forem).

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