22 novembro 2008

Um pensamento lateral

Green business: Scandinavia's lateral thinkers

Um investigador da Universidade de Berkeley, de nome Eric Schmitt, em Setembro de 2005, encontrou uma "nova" ilha no círculo polar Ártico. Numa amálgama de sentimentos, houve um que se sobressaiu -o medo. Concluiu que a "nova" ilha que encontrara não era mais do que um pedaço de terra, há muito situado lá, outrora coberta de gelo glaciar. Foi o prelúdio da angustiante e temerosa «mudança climática». Daí até então, a «consciência ambiental» tem se modificado. De um modo geral, a emergência da «causa ambiental» tem-se implementado muito à custa dos efeitos devastosos por parte das respostas da «Natureza» aos constantes insultos e ataques humanos.

O argumento demagógico de que proteger o Ambiente infere numa perda do potencial económico (sacrificando a economia em detrimento do Ambiente), foi, e continua a ser, usado pelas maiores potências económicas (equivalentemente as maiores poluidoras) para repudiar qualquer protocolo ou acordo que vise a preservação ambiental ou a retracção da poluição efectuada pela "economia" destes países. Utilizaram (utilizam) ad nauseam, este argumento, governantes norte-americanos, chineses e indianos para "protegerem" as suas economias. Negando a eventualidade de que as suas "economias" de pouco valerão se num futuro próximo nada se fizer para proteger o ameaçado Ambiente.

Da Escandinávia, tão prolífera península em "pragmatizar" modelos sociais e económicos, surge a queda de um estereótipo relativamente ao cuidado a ter com o fustigado Ambiente. O argumento utilizado pelas "grandes" potências mundiais de que "proteger o ambiente implica a perda de emprego" foi "quedado" na Suécia. Na Suécia, consegui-se o feito de em 16 anos a sua economia crescer 44 por cento, reduzindo as suas emissões de carbono em nove por cento (muito mais que o Protocolo de Quioto exigia). Como? Criando condições e incentivos para que a "revolução verde" se consubstanciasse num proveitoso negócio. A mentalidade nórdica assim se modificou para aceitar a "revolução verde" como um negócio viável e lucrativo. Só assim tal poderia acontecer.

Os políticos aliaram-se num projecto comum de defesa do Ambiente. Assumiram a liderança da "revolução verde", e mantiveram durante anos as sua políticas ambientalistas (independentemente da cor política da governação). Criaram-se parques industriais para a indústria «verde», apoiaram projectos de incentivo ambiental, preconizaram a harmonia entre empresas, políticos e grupos de cidadãos (o processo demorou 15 anos) o que resultou em receitas (por parte do sector das indústrias «limpas») de 24 568 milhões de euros [em 2005] e empregou cerca de 90 mil trabalhadores.

Na Suécia demonstrou-se que a vontade (sincera) política aliada à vontade dos cidadãos e empresários leva a um harmonioso laço entre a economia e o Ambiente. Uma lição (mais uma) a aprender com este país que, em 2007, liderava, pelo segundo ano consecutivo, a classificação de países que mais fazem para salvar o planeta.

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