Manifestantes na capital da Moldávia, Chisinau, invadiram o Parlamento em protesto contra a vitória do partido do governo, o Comunista, nas eleições gerais do último domingo
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Mais de 30 pessoas, incluindo manifestantes e policiais, ficaram feridos nos confrontos em Chisinau, segundo informações dos serviços de saúde.
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Segundo informações canais locais de televisão estão fora do ar e a rádio nacional está transmitindo música folclórica.
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o Partido Liberal conseguiu quase 13% dos votos e o Partido Liberal Democrata ficou com 12%.
fonte: O Globo
post scriptum: um dado interessante «As eleições foram observadas por organizações europeias e internacionais, incluindo uma delegação de deputados ao Parlamento Europeu, que consideraram que as mesmas "foram bem organizadas e decorreram num clima calmo, pacífico e pluralista"»
Aqui mais uma vez se revela o autoritarismo de direita que exponecialmente se vai revelando pelos grandes lideres mundiais, aquilo que acontece nos países ditos mais pequenos é apenas um reflexo dessa pesada mão.
ResponderEliminarAnyway, Parabéns Marco, que não Deus mas alguém se não tu mesmo te livrem de marcares o passo no afeganistão, ah pois também ja to no twitter, ve se me adicionas.
Grande Abraço.
Presidente acusa Roménia de envolvimento nos protestos que prosseguiam ontem em Chisinau. Manifestações são protagonizadas pela nova geração que aspira à integração na UE.
ResponderEliminarO telemóvel e a Internet são uma poderosa arma de contestação política como a recente crise na Moldávia está a demonstrar (ver texto nesta pág.).
As manifestações que levaram ontem o Presidente Vladimir Voronine a desencadear uma investigação "por tentativa de golpe de Estado" - acusando os partidos da oposição de criarem um clima de sedição no país ao trazerem para as ruas mais de 15 mil pessoas - foram convocadas através de redes sociais no espaço virtual, como o Twitter ou o Facebook, e com recurso generalizado aos SMS.
O resultado final dessa mobilização foi o assalto aos edifícios da Presidência e do Parlamento, abrindo uma das mais graves crises políticas vividas no país desde que este, em 1991, se declarou independente da ex-União Soviética. Uma crise que levou a Comissão Eleitoral a adiar o anúncio do resultado oficial das legislativas de domingo, até porque o seu presidente foi hospitalizado de emergência com "stress, causado pelo escândalo em torno das eleições", referiu um porta-voz da Comissão.
Mas ao final do dia, a Comissão revelará os resultados finais, que confirmam a vitória dos comunistas, no Governo. Estes alcançaram a maioria absoluta com 60 dos 101 lugares do Parlamento.
A oposição continuou a exigir a recontagem dos votos, a que juntou a demissão de Voronine e o seu julgamento.
A mobilização dos manifestantes - que continuavam ontem a ocupar o centro da capital, Chisinau - com recurso às novas plataformas tecnológicas revelou-se de tal modo eficaz que as autoridades bloquearam o acesso às redes móveis.
"Ao utilizarmos a Net conseguimos reunir mais de 15 mil pessoas em poucos minutos. Nenhum partido consegue esta mobilização", explicava à AFP a jornalista Natalya Morar, animadora dum comité independente anti-governamental. A segunda novidade da mobilização é que trouxe para as ruas manifestantes com menos de 30 anos e nalguns casos jovens de 13 ou 14 anos. O dirigente de um dos partidos da oposição, os liberais-democratas, Nikolai Damaskine, de 31 anos, declarava que "não aceitamos que sejam os reformados a decidirem o nosso destino" - frase que indica esconder-se, sob um conflito político tradicional (a divergência Governo-oposição) um mal-estar mais profundo e geracional num dos países mais pobres da Europa, que depende em quase tudo da Rússia, mas que aspira à União Europeia.
"Os jovens sabem o que se passa no estrangeiro, sentem como uma humilhação viverem num dos países mais pobres da Europa. E esta é uma situação que identificam com os comunistas no Governo", considerava um reputado encenador moldavo, Mihai Fusu, citado pela AFP. Uma situação com que convivem melhor os mais velhos habituados à época soviética.
Esta percepção é agravada pela proximidade com a Roménia, país integrado na UE, e do qual algumas regiões da Moldávia fizeram parte até serem incorporadas na Rússia do século XIX. Esta memória histórica não se extinguiu em qualquer dos dois países, onde existem advogados duma unificação. Assim se compreende a acusação de Vladimir Voronine, ao afirmar que "a Roménia está envolvida em tudo o que se passa no nosso país", onde entre 1989 e 1991 se viveu uma onda de violência, a que não foi indiferente um movimento de unificação entre os dois países.
Chisinau ordenou ao embaixador romeno que deixe o país até hoje e chamou "para consultas" o seu representante em Bucareste.
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1195672