27 maio 2009

Uma questão de bom senso (II)

«Dias Loureiro apresentou a renúncia ao cargo de conselheiro de Estado numa audiência com Cavaco Silva ao início da tarde.»

É evidente a consequência das declarações de Oliveira e Costa na Assembleia da República. Contudo, o melodrama financeiro tenderá a não ficar pela simples saída (demorada) do ex-conselheiro de Estado do concílio do palácio de Belém. Oliveira e Costa afiançou que não será o "jesus cristo" das finanças e estende a solidariedade da culpa a outros. Na resposta, Dias Loureiro, assegurou que «(..)vai pedir ao PGR para ser ouvido no âmbito do processo BPN». Um típica zanga de comadres.

No entanto, justiça impõe-se na megafraude do BPN. Somente um culpado se encontra. É evidente que uma artimanha financeira com esta envergadura não se alicerça numa única figura. Existem mais e, palpite, andam por aí.

Pela necessidade de justiça, pois neste tempo de crise a sede do povo por justiça cresce em proporcionalidade directa à impunidade dos barões, poderiam começar por indiciar alguém pelo crime de perjúrio. Pois se António Marta e Dias Loureiro se deslocaram à Comissão Parlamentar de inquérito ao "caso BPN" e as suas declarações são antagónicas é evidente que um destes senhores praticou o crime de perjúrio (pelo menos).

No entanto, certas questões inquietam o meu espírito: se o "buraco" financeiro do BPN é o valor interessante de cerca de 1,8 mil milhões de euros e ele está desaparecido então onde está este dinheiro? ou será que é um "buraco" a fundo perdido? Estarão a investigar? A causa do comportamento do governador do Banco de Portugal neste caso? A causa do comportamento do Presidente da República? Muitas respostas estão por se apurar.

1 comentário:

  1. Por pouco o meu post anterior teria sido publicado fora de tempo. lol. E sem dúvida que Oliveira e Costa não será o único responsável por este buraco financeiro, ou seja, nem será Jesus Cristo, nem Judas Eucariotes. Também tenho um palpite, quando se começar a descobrir os responsáveis, muitos deles já terão paradeiro desconhecido. E fico com a sensação que a gestão financeira deste banco foi sempre caótica e pouco responsável.

    ResponderEliminar