Está no domínio público dois documentos aparentemente distintos mas que estão centrados sobre o mesmo tema: a perspectiva da Economia Portuguesa.
Na última semana foi tornado público um manifesto que propunha a reavaliação do investimento público pondo, implicitamente, em questão as vantagens sobre este tipo de investimento que, na minha opinião, este documento considera como despesa incomportável. A grosso modo, o documento exponha as dificuldades da Economia portuguesa e "exigia" a reavaliação do investimento público anunciado pelas instâncias governativas. Em causa está o "endividamento do país" e os encargos desta política de investimento (despesa, para diferentes sensibilidades) no futuro deste país.
No entanto, de um modo reactivo, surgiu um outro manifesto. Este, portanto, defende a importância do investimento público, embora, também, como o (dual) manifesto anterior, exigem um bom e responsável investimento. Na argumentação deste documento é exposto a relação entre o investimento público e o emprego , o investimento público como alavanca da economia (em tempos em que o sector privado não investe) e a despesa (social e económica) do desemprego. Em causa está a contracção económica e as suas consequências negativas na economia. Tendo o desemprego como principal (má) consequência da falta de investimento público e a criação de emprego como mote deste.
A meu ver estes dois documentos debruçam-se sobre dois conceitos: investimento e despesa. Uns consideram, embora não explicitamente, este (o anunciado pelas entidades governativas) investimento público como despesa, enquanto os outros subscritores defendem o investimento público como um investimento necessário. Duas sensibilidades que irão se impor depois deste interregno político, mais concretamente, no dia 27 de Setembro de 2009.
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