Nesta semana.
O líder e afins correlegionários socialistas que reinam os desígnios governativos deste país tentaram (vá, alegadamente) comprar (via PT) um pedacinho da TVI (via Media-Capital). O objectivo primordial seria mudar uma certa linha editorial que incomoda os interesses instalados no governo. No entanto, nesta mesma semana, cai-nos (via Assembleia da República) em cima uma Fundação privada publicamente gerida, tal e qual uma outra (Fundação Prevenção e Segurança) nos tempos de governação Guterres que, curiosamente, encravou na típica sentença portuguesa:nada a julgar. Uma fundação interessante: na génese era financeiramente dotada pelas empresas privadas que a constituem mas, de um modo contínuo, fora financiada (via Anacom) pelo nosso mui nobre e prestável Estado de interesses. Simplesmente são, apenas, adjudicações directas de mal governar.
Nesta mesmíssima semana outro político de inquestionável idoneidade abriu a sua, quase santificada, boca para falar (ou melhor espicaçar) sobre a nossa salubre política. Falo-vos de Cavaco Silva e os seus recados, a exigiriam transparência e afins, ao não concretizado negócio da PT. As palavras (quase decalcadas do falatório de Manuela Ferreira Leite) do ilustre senhor não chegaram para aliviar a falta que estas fazem (fizeram) em outros importantes assuntos (desemprego, crise social, Madeira, BPN, bancos, deslocalizações "à la fugitif", bloco central de interesses etc). Entretanto, Manuela Ferreira Leite continua a questionar a verdade dos seus semelhantes e a espalhar credibilidade duvidosa. A aposta política dela e dos seus iluminados camaradas (ou colegas? não sei como se tratam os social-democratas entre eles) centra-se em questionar as grandes obras públicas mas, vejam só a credibilidade e a política de verdade a funcionar, nunca e já mais em tempo algum há referência da participação do Partido Social-Democrata (em geral) e da Manuela Ferreira Leite (em particular, no seu papel de ex-muitas coisas no aparelho do Estado) na imposição e delineação destes Mega projectos, dilaceradores da grande nação portuguesa. Questionar o quão "tachistas" são os outros quando nestas décadas de democracia eles, aqueles que passaram pelo doce canto do poder, deixaram uma marca de impunidade "tachista" e desperdício, não é hipocrisia? Ao menos assumam as culpas, para que possam, assim, falar de fronte erguida ao povo que (ainda) os ouve. Nada a julgar?
As questões políticas sobre que modelo de Segurança Social, de Justiça, de Coesão Social e igualdade de direitos, de Regionalização, de Economia, de Sistema Nacional de Saúde, de Educação e Cultura ficam para quando os políticos, se assim o entenderem, apresentarem os seus programas eleitorais para, nós, salivares cidadãos, se assim o entendermos, os podermos escrutinar.
28 junho 2009
"Como o cão sorria"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário