Dando continuidade ao artigo anterior que teve como principal objectivo clarificar as pessoas de que um sistema de saúde não se resume aos centros-de-saúde, aos hospitais e às suas cirurgias, é bom lembrar que não podemos excluir uma componente importantíssima - os recursos humanos. Se pensarmos um pouco sobre a totalidade das estruturas do sistema, e se contarmos ainda com "outsiders´s" como a indústria farmacêutica ou laboratórios específicos, entre outros, que apesar de não estarem directamente relacionados com a prestação de cuidados de saúde directos, mas antes, fazendo parte desses mesmos cuidados por via de terceiros, estes têm um peso enormíssimo e uma elevada transversalidade num sistema de saúde. Constatamos assim, uma pluralidade imensa de profissionais com formações técnicas e académicas distintas, e outros sem formação nenhuma. Isto tudo para tentar dar resposta à enorme complexidade e exigência de um bem essencial, quer dos pontos de vista técnico e humano. Exemplos: médicos, enfermeiros, radiologistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, técnicos de análises clínicas, auxiliares de acção médica, administrativos, dietistas/nutricionistas, assistentes sociais, engenheiros, etc.
À semelhança do que disse no último parágrafo do artigo anterior, um bom sistema de saúde tem de oferecer qualidade e eficiência, ou seja, tem de ser composto por recursos humanos com boa formação técnica e humana com vista à oferta de qualidade traduzida em cuidados, serviços e tratamentos. Contudo, mais importante ainda é, que esses profissionais com caracetrísticas diferentes mas complementares, consigam articular-se entre si, promovendo o trabalho multidisciplinar e em equipa. Este é o caminho para melhorar o sistema de saúde (articulação entre estruturas e profissionais, promovendo um trabalho de convergência). É como um motor. Se todas as peças funcionarem bem e estiverem oleadas, o motor trabalha bem. Quando uma das peças falha, o motor gripa.
(CONTINUA...)
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