Caro JMF, de facto a música mudou, e mal do mundo se assim não tivesse acontecido. Tudo muda, e arte não é excepção: no cinema, na pintura, na escultura, etc. A música acompanha a evolução das coisas como qualquer outra arte. Surgem novas técnicas, novos instrumentos, novas sonoridades... O que acontece é que as emoções do passado são diferentes das emoções de agora, e quem produz música, transmite essas mesmas emoções (diferentes). Não consigo avaliar se mudou para melhor ou para pior, é para mim dificl fazer esse exercício. Vejo a coisa de outro modo. Penso que actualmente se continua a fazer muito boa música, mas também muita má música, como sempre aconteceu. Se pensarmos que há 20-30 anos haviam umas dezenas de bandas mundialmente conhecidas, e que agora, em vez de dezenas são milhares, fruto da globalização, da partilha, e do conhecimento de novas culturas, facilmente percebemos que a oferta é de tal modo diversificada, que temos dificuldade em filtrar a boa música do imenso rol que nos vai chegando pelas rádios, televisões, internet, etc. Infelizmente quem mais culpa tem nesta matéria é a própria sociedade que não consegue absorver o essencial da música, deixando-se muitas vezes influenciar pelo markting que envolve os músicos e as bandas, acabando por direccionar a atenção para a envolvência, em vez de se concentrar no som. E digo isto porque são mais as pessoas que conheço que não conseguem identificar e diferenciar os sons de uma guitarra, de um baixo, um piano, um acordeão, um violino ou um orgão, etc, do que as que o conseguem fazer. E também, mais depressa encontro pessoas que sabem mais da vida privada do artista, do que do seu percurso e da sua carreira como músico. Isto tem tornado a música num objecto de comércio mercantilizado, e não numa forma de arte para ser apreciada. Por exemplo, são conhecidos vários casos de editoras que exercem pressões sobre os músicos para que estes criem música e produzam álbuns à velocidade que lhes dá jeito. O resultado disto é simples - má música, ou música demasiadamente básica, pouco trabalhada, plagiada, etc. Trabalhar desta forma em arte não resulta, porque a inspiração do artista não aparece quando a editora quer, mas sim quando o artista se concentra no que quer transmitir, sem um ambiente de pressão à sua volta.
Mas pelo que vejo no seu blogue, permite-me concluir que tem bom gosto musical, e que é um verdadeiro apreciador de música. Obrigado pelo comentário.
Caro Dario, já vi, não conhecia, e gostei. Obrigado
Como a música mudou! E em 90% dos casos para muito pior.
ResponderEliminarEntão vais gostar disto.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=58mQvW0ROag
Caro JMF, de facto a música mudou, e mal do mundo se assim não tivesse acontecido. Tudo muda, e arte não é excepção: no cinema, na pintura, na escultura, etc. A música acompanha a evolução das coisas como qualquer outra arte. Surgem novas técnicas, novos instrumentos, novas sonoridades... O que acontece é que as emoções do passado são diferentes das emoções de agora, e quem produz música, transmite essas mesmas emoções (diferentes). Não consigo avaliar se mudou para melhor ou para pior, é para mim dificl fazer esse exercício. Vejo a coisa de outro modo. Penso que actualmente se continua a fazer muito boa música, mas também muita má música, como sempre aconteceu. Se pensarmos que há 20-30 anos haviam umas dezenas de bandas mundialmente conhecidas, e que agora, em vez de dezenas são milhares, fruto da globalização, da partilha, e do conhecimento de novas culturas, facilmente percebemos que a oferta é de tal modo diversificada, que temos dificuldade em filtrar a boa música do imenso rol que nos vai chegando pelas rádios, televisões, internet, etc. Infelizmente quem mais culpa tem nesta matéria é a própria sociedade que não consegue absorver o essencial da música, deixando-se muitas vezes influenciar pelo markting que envolve os músicos e as bandas, acabando por direccionar a atenção para a envolvência, em vez de se concentrar no som. E digo isto porque são mais as pessoas que conheço que não conseguem identificar e diferenciar os sons de uma guitarra, de um baixo, um piano, um acordeão, um violino ou um orgão, etc, do que as que o conseguem fazer. E também, mais depressa encontro pessoas que sabem mais da vida privada do artista, do que do seu percurso e da sua carreira como músico. Isto tem tornado a música num objecto de comércio mercantilizado, e não numa forma de arte para ser apreciada. Por exemplo, são conhecidos vários casos de editoras que exercem pressões sobre os músicos para que estes criem música e produzam álbuns à velocidade que lhes dá jeito. O resultado disto é simples - má música, ou música demasiadamente básica, pouco trabalhada, plagiada, etc. Trabalhar desta forma em arte não resulta, porque a inspiração do artista não aparece quando a editora quer, mas sim quando o artista se concentra no que quer transmitir, sem um ambiente de pressão à sua volta.
ResponderEliminarMas pelo que vejo no seu blogue, permite-me concluir que tem bom gosto musical, e que é um verdadeiro apreciador de música. Obrigado pelo comentário.
Caro Dario, já vi, não conhecia, e gostei. Obrigado