O Tratado de Lisboa será ratificado. Quem o determina foi quem o vaticinou. Durão Barroso já o dissera e com a convicção de quem tem «a força» com ele. A República Checa apresentou as suas condições, digamos míseras e fora de contexto: exigiu uma distância segura da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Os tecnocratas da União Europeia aprontaram-se a trocar, sem respiro, um conjunto de direitos civis e políticos comuns por um capricho histórico. As ordens são claras: avançar a todo o custo.
Este tratado, em que o nosso primeiro-ministro, incansavelmente, gosta de afirmar que possui o nome da nossa capital, é um tratado misteriosamente feito e aprovado à revelia dos cidadãos. Um tratado feito de alíneas, artigos e decretos imperceptíveis e que não foram devidamente explicados pelos ilustres seres que o aprovaram. Sendo assim, o maior obstáculo do ideal europeu será ainda consolidado, ou seja, a aproximação da União ao comum cidadão falhará, mais uma vez, com o processo de ratificação deste tratado.
Um cidadão que não se interessa é um cidadão que não incomoda. Palavras melosas que entoam na cúpula da elite europeia e que eles tentam decretar, para o bem dos seus interesses.
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