07 abril 2010

Serviços Públicos

Em Valença do Minho há um conjunto de protestos para impedir o fecho (em horário nocturno) do SAP (Serviço de Atendimento Permanente). Na minha opinião, desde que haja uma alternativa (ou seja, um conjunto de meios de socorro e transporte) viável e suficiente o fecho naquele horário é natural e compreensível. As razões são óbvias: o número de doentes assistidos em horário nocturno é quase residual e os serviços prestados por aquelas unidades de saúde são pouco diversos, limitando-se a algumas valências básicas. No entanto, a reacção da população de Valença (na maioria, idosos) é, também, compreensível. Pois, o interior de Portugal tem assistido a um constante fecho de importantes serviços públicos sem qualquer medida de alternativa que o substituísse. O resultado é óbvio: o estímulo do processo de "desertificação humana" que se sente nestas regiões. Quase sempre a razão económica tem de dar lugar à razão do serviço público. Um serviço público só o é se for destinado a todos, sem excepção.

2 comentários:

  1. E não tem de ser lucrativo, antes pelo contrário.

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  2. O serviço público deve ser, antes de mais, um serviço público. A prestação de serviços do Estado deve ser para todos os seus constituintes, ou seja, para todos os cidadãos e deve se submeter à lógica do serviço público e não ser orientado ao lucro. Claro, que a boa e eficiente gestão deve imperar.

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