15 outubro 2007

PIDDAC em Cabeceiras de Basto

Para que serve o PIDDAC[Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central]?

Uns dizem que serve para mascarar a falta de investimento regional.

Outros dizem que é um programa de investimento essencial para o desenvolvimento regional patrocinado pela administração central.

Vislumbremos factos:

Investimento do Estado sobre entre 6% e 7% em 2008.

"Sempre a descer” continua a ser o lema das dotações regionais do Orçamento de Estado para 2008, que prevê uma redução de investimento de 10 milhões de euros no distrito de Braga em relação ao presente ano, reduzindo para 62,3 milhões o montante a investir nos 14 concelhos do distrito, de acordo com o Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).

Cada vez mais se tenta estrangular uma Região emergente, como o Minho, são acções discriminatórias, mais propriamente, como esta, que sentimos a mesquinhez da centralidade em Portugal. A inferência que subjaz neste OE/2008 [Orçamento de Estado], em particular do PIDDAC/2008, é: a verba para este ano é menor, significa que o investimento por parte da "centralidade fustigadora" é menor. Directamente proporcional, o investimento do poder central com a preocupação de desenvolvimento regional por parte desta entidade.

Particularizando, avaliaremos o que nos trouxe o PIDDAC/2008 para o encanto natural de Cabeceiras de Basto.

Numa forma sucinta, eis o previsto investimento:

Centro de Emprego de Basto: 515 700 euros.

Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Redes culturais: 37 783 euros.

Instalação do Tribunal Judicial de Cabeceiras de Basto: 1 000 000 euros.

Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto: 407 500.

Total: 2 050 983 euros.

Nada mal. Congratulo-me com esses números, uma aposta vísivel no dinamismo cabeceirense. Entristece-me ao constatar que somos uma excepção ao Distrito, e à região de Basto, que neste programa de investimento as Terras de Basto totalizaram 2 178 161 euros. Retirando a "fatia" cabeceirense, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Ribeira de Pena totalizaram 127 178 euros. Dá que pensar.

Post scriptum. Será que é desta que desenvolverão as utópicas obras do Tribunal Judicial de Cabeceiras de Basto, visto que, já apareceu em PIDDAC anteriores, e obra nem vê-la.

7 comentários:

  1. Cabeceiras recebe 2 milhões de Euros a mais do que os restantes municípios das Terras de Basto?
    De facto dá que pensar!

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  2. Não digo retirar os apoios ao Concelho, mas haver uma destribuição mais equitativa pelos outros concelhos.

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  3. Se reparem bem, cerca de 2 milhões de Euros são para equipamentos que não dependem da gestão autárquica por sis só como seja o caso do centro de emprego, tribunal e hospital...por isso não sobra assim tanto

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  4. Cabeceiras recebe mais 2 milhões de Euros do que os restantes municípios das Terras de Basto?

    É simples...

    Este é o agradecimento público de Jose Socrates ao Técnico-Agrário Barreto, pelo apoio recebido em Lisboa aquando dos festejos da vitoria autarquica de Antonio Costa!

    Tenho dito!

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  5. Caro anónimo, näo sobra muito, mas os 2 milhões provenientes e geridos pelos ministérios respectivos,embora não geridos pela autarquia, são investidos cá .Logo é uma mais-valia em relação aos outros Concelhos.

    Caro Costinha, não sei qual a razão, mas prefiro acreditar noutra.

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  6. E note-se, esta distribuição de verbas foi idêntica no ano anterior.

    Isto não dá somente que pensar... isto é a maior demonstração injustiça social. Mesmo o povo cabeceirense, beneficiado neste caso, sabe identificar isso mesmo.

    Já no ano anterior, atribuiram milhão de Euros para a excelente ligação Cabeceiras - Arco. Atentem à ligação Celorico - Mondim... qual o argumento para dar prioridade à ligação Cabeceirense.

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  7. Pois é meu caro Mondinense.
    São questões que só quem distribui o dinheiro pode justificar.

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