Nesta reportagem sobre o início do curso de operadores florestais, em Cabeceiras de Basto, o edil cabeceirense, Joaquim Barreto, desabafa, de uma maneira indirecta, sobre a falta de iniciativa cabeceirense a investir nas prerrogativas económicas que indirectamente trará ao Concelho a nova Central de Biomassa. O edil, ainda nesta reportagem, diz que já teve contactos de empresas galegas com o intuito de se fixarem em Cabeceiras de Basto para poderem investir no transporte de resíduos florestais para a supracitada central.
A indolência parece ser crónica no empreendedorismo cabeceirense. Grande oportunidade para investir no nosso Concelho que aparenta ser atractivo, nesta área, apenas para extra-munícipes. Penso que falta iniciativa, informação e vontade de lutar por algo neste País. Talvez a causa seja as particularidades dele mesmo. Empreendedorismo precisa-se, activismo precisa-se, muito se apregoa mas pouco se faz, precisamos de mudar.
È muito bonito falar, mas o Sr. Presidente da Câmara é o principal responsável pela falta de empreendedorismo em Cabeceiras. Alguém que persegue, "marginaliza" todos os são contra as suas ideias, que defende o monópolio do emprego através de empresas municipais, que apoia as associações que lhe interessa e tenta destruir tudo o que não lhe é favorável. É com este tipo de políticas que o Sr. Presidente da Câmara quer que cabeceirenses apostem no concelho? Com políticas, muitas vezes, ofensivas para pessoas que já fizeram muito por este concelho, mas agora são obrigadas a ausentarem-se e afastarem-se de todos os centros de decisão. Políticas de controlo de associações, com finalidades políticas e de manutenção do poder que as levou a ruína (ex. Atlético Cabeceirense). Este presidente quer iniciativa, ou quer mais uns fantoches para os poder controlar?
ResponderEliminarContra esses entraves o espírito empreendedor tem de ser mesmo persistente.
ResponderEliminarOlá Marco. Não vou comentar directamente estas centrais de energia, uma vez que, já fiz referência às mesmas num post do blog visinho - O Mal Maior. Quanto ao empreendedorismo a que fazes referência, na minha opinião, o português prefere criar negócios e empresas de baixa tecnologia, mão-de-obra barata e não qualificada, com lucros a curto prazo, e sem intenção de crescimento. Basta olhar à volta de cabeceiras e o que é que se vê? Cafés, restaurantes, mercearias, comércio de roupa, padarias, oficinas de mecânica, comércio de ferragens e de materiais de construção..., e pouco mais. Tudo empresas comuns e banais das quais portugal está sobrelotado. Infelizmente Portugal continua a licenciar pessoas nas faculdades para criar mais desemprego e esquece-se da formação de base. Tanto se fala na necessidade de criar Cursos de Formação Profissional com equivalência aos 12º anos, mas curiosamente os governos sucessivos pouco têm feito. É verdade que existem algumas escolas que leccionam cursos profissionais, mas muitas delas com uma qualidade e credibilidade de ensino que deixam muito a desejar. Para se criar uma empresa com intuíto de crescimento e inovação, penso que é primordial o seu principal gestor ter uma formação ou um conhecimento base do mercado e da área em que a empresa produz. Associado a isso, os seus funcionários ou operários também não devem ser leigos na matéria, e o próprio gestor deve investir na formação contínua dos mesmos, com vista a melhorar a competitividade e a qualidade do produto final. Mas o português é muito preguiçoso e comodista, do tipo ganhar muito, ter status elevado, e fazer pouco. Reconheço que os subsídios de desemprego e os rendimentos mínimos garantidos são necessários em algumas situações, mas no geral são uma facada na economia do país e essencialmente no incentivo ao trabalho, formação profissional e empreendedorismo. E, com as burocracias e impostos que este país pratica não é facil criar uma empresa com fins de crescimento. Para não falar da ASAE que me parece que o único objectivo que tem, é o de aplicar coimas, quando deveria ter outro tipo de atitudes, nomeadamente educativa e de aconselhamento. São muitos os problemas na origem desta falta de empreendedorismo. Portugal necessita de uma reforma profunda. Sócrates já começou a reformular o país, mas, será que bem ou mal?! Enquanto isso as empresas portuguesas continuam a abrir falência, parte da nossa mão de obra activa procura trabalho nas empresas da visinha Espanha, e estas por sua vez investem e crescem no nosso território como cogumelos no Outono. Estranho não é?! lol
ResponderEliminarObrigado Abel pelo o teu pertinente comentário.
ResponderEliminarPortugal tem muitos problemas em realizar empreendimentos. Desde de entraves a cinismos, tudo é um revés na evolução da nossa sociedade.
Muito do que tu escreveste subscrevo,em alguns pontos tenho uma opinião diferente.
Mas falta discussão pública, e principalmente, encarar pragmaticamente os problemas e os resolver sem segundas intenções.
Falta muito.
Ena que granda erro ortográfico que eu dei, visinha com (S). Desculpa lá e permite-me a correcção - vizinha
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