" A definição do conceito de identidade colectiva não é possível assentar em critérios justificativos de validade universal, mesmo quando a situamos face aos seus níveis mais extremos, como são o da identidade territorial, étnica ou nacional.
Cada região é um ser único, a resultante de combinações complexas que se não repetem integralmente noutro lugar.
Na realidade, a tradição cultural é um dos elementos fundamentais que contribuem para a formação da consciência étnica do "nós", se tomamos plena consciência de que a realidade da tradição é uma realidade actual.
Naturalmente, se recorrêssemos à sincronia de cada momento histórico, incluindo o momento presente, poderíamos encontrar em grupos sociais diferentes uma notável pluralidade de representações mentais de Cabeceiras. Se bem que todos os cabeceirenses aceitem consensualmente a identidade de basto, é de identidades distintas que falam. Do mesmo modo que aceitam a relativa homogeneidade das plurais representações da identidade do homem de basto, falam de uma homogeneidade definidora do seu regionalismo. É nesta unidade na diversidade que são gizados os processos cognitivos da constituição e reconstituição das identidades colectivas.
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