02 janeiro 2008

A juventude partidarizada das Terras de Basto

A comissão política da Juventude Social Democrata de Cabeceiras de Basto comparecerá no I Encontro das Terras de Basto com as demais congéneres dos concelhos integrantes, Mondim de Basto, Celorico de Basto e Ribeira de Pena, tendo como o objectivo a troca de ideias.

As juventudes partidárias têm se desvalorizado. Há uma culpa intrínseca. Perderam, salvo algumas excepções, a essência política, a "rebeldia" característica e desempenham um papel subversivo à secção sénior, muitas vezes em contradição.

Assistindo à minha independência política que advogo, provoco-vos a debater sobre o vosso papel, o problema da depreciação das juventudes partidárias na actualidade, suas consequências, o constante desencanto da juventude civil em questões relacionadas com a política. O rol restante das minhas questões relacionadas com problemas locais, passando pela constante falta de sinergias políticas na região e problemas nacionais, penso que deverão estar agendadas.

Contudo, mesmo desprezando a minha abusiva provocação, gostaria de poder ler o resultado deste encontro.

4 comentários:

  1. Aproveito para responder ao seu comentário no meu Blog sobre a possível inclusão de Ribeira de Pena na Comarca de Cabeceiras. Talvez saiba que eu sou um forte defensor da realidade de Basto e já dei provas disso na construção de uma forte imagem para Basto quando fui responsável na Probasto. Porém, a realidade de Ribeira de Pena, neste contexto, é muito específica. É Basto (nas zonas agrícolas da Ribeira e de Cerva), mas é também Trás-os-Montes nas zonas montanhosas do Barroso e do Alvão. E a ligação a Trás-os-Montes é determinante. Daí que tenha defendido, desde sempre, um posicionamento do meu concelho claro e esclarecido, trabalhando com o Alto Tâmega e com Basto de acordo com as suas especificidades próprias. Defendo que a parte agrícola continue a ser trabalhada com Basto. Lamento que o meu concelho tenha optado pelo Alto Tâmega no que respeita ao Turismo, acho que só faz sentido a unidade de Basto neste sector. Mas não tenho dúvidas que em muitos outros sectores, técnicos, administrativos, saúde, educação, justiça, os laços com o Alto Tâmega devem prevalecer e que essa é a vontade forte da população do concelho.
    No que se refere à justiça, a mudança é tanto mais estranha quanto despropositada. E nem sequer é agregadora de Basto, onde ficam Mondim e Celorico? Trata-se de um arranjo circunstancial, sem dúvida. Depois, e isso é o que mais me irrita, estas decisões surgem à revelia da discussão de quem é afectado, numa prova de centralismo que nem sequer tem cor partidária...
    Basto não se reestrutura mercê de atitudes isoladas e à revelia da opinião dos seus habitantes. Faz-se com atitudes reflectidas e de união das suas populações. Faz-se com encontros como o que refere neste post. E sem atitudes constrangedoras de quem se quer assumir como o "mentor" de Basto. E Cabeceiras tem muito essa culpa, não tem?

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  2. Talvez.
    Cabeceiras tem se demarcado muito dos demais municípios da região de Basto.
    Eu penso de uma forma mais audaz.
    Gostaria de ver revitalizada a dinâmica antiga existente nestes Concelhos.
    Sinergias em todo o espectro concelhio rompendo com os preconceitos inter-distritais. Mas ao mesmo tempo preservando as especificidades locais.
    Tempos muito a ganhar juntos. Estamos numa região particular, por isso actuemos como tal.
    Para isso deve-se revitalizar o espírito de Basto e combater o desinteresse da população alimentado por anos de divergências.

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  3. Parece-me uma boa iniciativa se conseguirem discutir e reflectir formas de resolver os graves problemas que afectam os jovens nas terras de basto e dos quais o maior, é sem dúvida a falta de perspectivas de fixação, que conduzem à actual sangria humana de jovens dos 4 concelhos para Espanha, para trabalhar nas obras, facto que está a desertificar lugares desta região, onde em determinados períodos do dia, só encontramos crianças ( poucas) e idosos.

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  4. Este um dos maiores flagelos do nossa Região. Seria bom, discutirem estes temas e que daí resultasse algo palpável para o combater.

    São iniciativas como estas que o Concelho poderá avançar, discutindo, propondo, realizando.

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