03 junho 2008

O Tártaro do Sistema Nacional de Saúde

A universalidade, gratuitidade e equidade ao acesso aos cuidados de Saúde me Portugal deveria ser um tópico de discussão por um possível think-tank político e social. Em causa, está todo um conceito de serviço nacional de saúde e as suas dificuldades. Penso que falta vontade política, competência governativa e alívio das pressões dos grupos de interesse na situação confusa que está o SNS.

Quando leio que o bastonário da ordem dos médicos dentistas afirma que, actualmente, com os cheques-dentista, o novo regime de convenções torna-se uma possibilidade excluída de irmos ao dentista num centro de saúde, fico preocupado. A saúde oral em Portugal é um dos sectores do Serviço Nacional de Saúde com problemas de implementação no serviço dificilmente compreensíveis e o resultado está nas estatísticas.

Na minha infância e grande parte da adolescência tive uma assistência médica-dentária totalmente gratuita e disponibilizada no centro saúde local. Isto não foi num outro País, foi numa outra Região de Portugal. Especificidades à parte, assusta-me um pouco o abandono pernicioso dos cidadãos utentes referente a esta área da assistência médica. Passado cerca de uma dezena de anos, a situação vivida não se alastrou pelo resto do País.

Tenta-se resolver o problema com soluções circunstanciais. Embora sejam positivas, esta medidas estão longe de satisfazer a maioria da população utente que possui o direito constitucional de possuir uma assistência médica universal e gratuita.

2 comentários:

  1. Esta é sem dúvida uma enorme falha no nosso S.N.S. Muitas pessoas têm vedado o seu acesso aos cuidados de saúde oral porque não têm possibilidade de pagar consultas privadas. Na minha infância também tive acesso gratuito a dentistas mas no meu caso,foi noutro país.Esperemos que não se fiquem por cheques-dentista e que se apressem a apresentar outras medidas.

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  2. Esperemos que sim.
    Para acabar com este grave problema.

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