04 julho 2008

A entrevistar, a gente se entende (II)

Ainda alguns resquícios memoriais da entrevista ao primeiro-ministro, José Sócrates, leva-me ao imediato balbuciar crítico: o senhor PM acredita em efeitos significativos da descida do IVA de 21% para 20%, para a economia portuguesa. Argumentou, que são cerca de 250 milhões de euros de receita fiscal "investidos" na dinamização da economia. Pois, já sabemos quem ficará com o maior "bolo" deste "investimento". Claro, que os maiores beneficiários são os grandes capitalistas em Portugal. Apenas eles negoceiam valores suficientemente altos para a uma real percepção da descida fiscal. Contudo, quando o senhor PM exorta a descida deste imposto, relembro, instantaneamente, a proposta do Bloco de Esquerda em utilizar as receitas de um por cento do IVA para o aumento das despesas sociais do Estado, nomeadamente, direccionando esta parte da receita fiscal para a Segurança Social e o Sistema Nacional de Saúde. Conscientemente ou não, o Governo premeia a mesma "malta" de sempre. Uma medida bem mais justa e com efeitos sociais mais significativos, foi, entretanto, renegada.

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