05 julho 2008

Dá-me a tua melhor faca

A relação dos aclamados "biocombustíveis" (que de natureza ambientalista pouco têm, simplesmente, têm a valência, de substituir a dependência inebriante em relação aos derivados do petróleo) com o aumento especulativo do preço dos bens alimentares, está comprovado.

Um relatório oficial, efectuado pelo condicionado Banco Mundial, foi mantido em segredo para não colidir com os facciosos relatórios da Casa Branca e com o depressivo George W. Bush. Este relatório, contradiz, os ditames oficiais estado-unidenses, que afirmam, imperiosamente, que a relação da subida especulativa do preço dos alimentos e o investimento nos "biocombustíveis" era de 3%. O relatório quebrou tal falácia americana. O impacto no preço dos alimentares por estas opções económicas é de cerca de 75%.

Um exemplo do condicionamento de relatórios oficiais, pelo presente governo norte-americano. Nada de novo, apenas o repetir de uma táctica de contra-informação que pauta as acções imperialistas.

Espero que a União Europeia, mostre a sua capacidade analítica e apresente um acto de desprendimento político, e acabe com a meta europeia de utilizar 10% de "biocombustíveis" em 2020. Para o bem da coesão mundial e dos princípios humanistas.

4 comentários:

  1. antes de escreveres sobre biocombustiveis informa-te...

    depois escreve, e verás que serás mais justo e claro

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  2. Poderias contrapor e explicar aquilo que não concordas.

    Os biocombustíveis, são pouco menos poluidores do que os combustíveis fósseis, por isso, tendo, relativamente, os mesmos efeitos poluidores.

    Além da agravante, de serem derivados de material biológico que, por conseguinte, promovem desequilíbrios alimentares, porque muito destes componentes biológicos servem de base de alimentação à maioria da população deste planeta. Ora, se estes componentes forem desviados para a produção de biocombustiveis, não é preciso dizer quais as consequências, porque já se sentem.

    Além do mais, os biocombustíveis são uma falácia, ao serem considerados energia verde, porque , simplesmente, são uma alternativa aos combustíveis fosseis mas não aos seus efeitos poluidores.

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  3. Não podes meter toda a farinha no mesmo saco. Nos biocombustiveis cabe muita coisa. Convêm clarificar uma coisa desde logo. Uma coisa é o bioetanol feito à base de cereais (que entram em competição com a alimentação humana) ou por exemplo é o biodiesel (feito à base de oleaginosas e de óleos reciclados) O que acontece neste momento é que a europa tem uma estratégia e os USA defendem outra. Enquanto que nós europeus optamos pelo biodiesel como sendo estratégico, os nossos vizinhos americanos optam pelo bioetanol feito à base de milho. Estas duas situações são diferentes embora estejamos sempre a falar em biocombustiveis. Por isso é sempre importante quando se fala em biocombustiveis clarificar. Ou falamos de bioetanol, ou falamos de biodiesel.

    Nunca ninguém assumiu que os biocombustieis são uma alternativa aos combustiveis fósseis, mas sim um complemento. O primeiro passo passa sempre por aumentar a eficiência dos equipamentos, sobretudo dos motores. Para que saibas apenas 15% da energia consumida por um automóvel é efectivamente convertida em trabalho útil. Os outros 85% são perdidos sobretudo sob a forma de calor.

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  4. Tem toda a razão. Deveria discriminar os biocombstíveis.

    Minhas desculpas.

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