Na audição da comissão parlamentar de inquérito à supervisão financeira que contou com o empresário e accionista do BCP, Goes Ferreira, e o presidente da KPMG, Sikander Sattar, mostrou como certos assuntos inqueriosos esbarram com o propósito de certos partidos políticos.
Nesta audição, a comissão parlamentar apresentou-se com um grande défice de deputados. Os deputados da direita parlamentar e do "centro-direita" como o PSD e PS, foram escassos. E apenas o PSD, por voz do seu representante, questionou por uma vez os inquiridos e com perguntas circunstanciais. Valeu-nos as perguntas da esquerda parlamentar, incisivas, mas com respostas pouco esclarecedoras e refugidas no sigilo profissional dos inquiridos.
Claro que o PP, PSD, PS, não iriam inquirir, no sentido restrito da palavra. Foram eles que protestaram contra o âmbito desta comissão de inquérito à supervisão financeira sobre o BCP. Foram eles que não permitiram o "levantar" do sigilo bancário para vermos quem são os reais detentores das contas no nome de sociedades off-shore e o volume de perdas fiscais para o Estado. São sempre os mesmos. Impressionante, como os interesses pessoais e colectivos daqueles grupos parlamentares se sobrepõem aos interesses dos cidadãos e da verdade.
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