Adenda: depois do ilustrativo vídeo fica aqui o fundamento do gesto: Ministro da Economia dirige gesto insultuoso a Bernardino Soares
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Na audição da comissão parlamentar de inquérito à supervisão financeira que contou com o empresário e accionista do BCP, Goes Ferreira, e o presidente da KPMG, Sikander Sattar, mostrou como certos assuntos inqueriosos esbarram com o propósito de certos partidos políticos.
Nesta audição, a comissão parlamentar apresentou-se com um grande défice de deputados. Os deputados da direita parlamentar e do "centro-direita" como o PSD e PS, foram escassos. E apenas o PSD, por voz do seu representante, questionou por uma vez os inquiridos e com perguntas circunstanciais. Valeu-nos as perguntas da esquerda parlamentar, incisivas, mas com respostas pouco esclarecedoras e refugidas no sigilo profissional dos inquiridos.
Claro que o PP, PSD, PS, não iriam inquirir, no sentido restrito da palavra. Foram eles que protestaram contra o âmbito desta comissão de inquérito à supervisão financeira sobre o BCP. Foram eles que não permitiram o "levantar" do sigilo bancário para vermos quem são os reais detentores das contas no nome de sociedades off-shore e o volume de perdas fiscais para o Estado. São sempre os mesmos. Impressionante, como os interesses pessoais e colectivos daqueles grupos parlamentares se sobrepõem aos interesses dos cidadãos e da verdade.
No retrato estatístico da 2.ª sessão legislativa da X Legislatura, dados cedidos pelo o executivo à imprensa, denunciou que os partidos com maior ímpeto na produção legislativa foram: o Partido Comunista com 26 projectos-lei o Bloco de Esquerda com 22 projectos-lei. Atrás nas produções legislativas está o Partido Socialista e o Partido Social Democrata com 15 projectos-lei, com o Partido Popular a produzir 8 projectos-lei. As ilações que tiro destes dados são, que a esquerda portuguesa (limitada ao BE e PCP) têm feito o seu trabalho de uma forma exemplar, comparativamente à sua representatividade no Parlamento. Deputados de outras correntes políticas mais representativas (no Parlamento), têm bafejado a ociosidade política, preferindo entreterem-se com contraposições internas e discussões de pertinência suspeita, esquecendo-se do dever de comparececimento às sessões da Assembleia e desempanho com responsabilidade o mandato que os eleitores lhe conferiram.