24 agosto 2008

Domigo o "dia do senhor" ou simplesmente dia do Sol

Ao entrar num excelso canto de culto -possuindo uma predilecção pelos antros mais harmoniosos nas formas, nas cores e na história- um conjunto de sentidos desperta espontaneamente. Os olhos procuram o que o 'coração' não vê. Qual prospecção anímica, tudo é belo, tudo tem significado, tudo reluz e tudo ofusca. Não procuro a razão, muito menos as tautológicas palavras 'sagradas'. Estética, pura estética, é a estética do deslumbramento. Sinceramente, não sendo ateu porque o meu relativismo não o permite, espero um dia encontrar o Seu significado, não o das 'suas' coisas. O dele e mais nenhum. Provavelmente, num ardor, num infortúnio, num encostar de melancolia, não sei. Contudo, a falta de provas substanciais (qual herege que pede insolentemente provas ao divino) leva-me a estar onde estou- céptico. E qual melhor estado de alma do que este. Se se provar que Ele existe, sempre poderei alegar que nunca, Ele, dignou-se a conhecer. E, assim, esclareço-me. Caso contrário, viverei, como tenho vivido- ignorantemente céptico. A ignorância e a estupidez sempre tiveram um sucesso com a misericórdia do divino. Porque razão tão infeliz fórmula iria falhar comigo. Nenhuma, portanto, seja qual for o cepticismo ou o esclarecimento sobre este questionável assunto, terei sempre uma escapatória. Até lá, valete frates.

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