21 outubro 2008

Acha que estaria melhor noutro sítio? Força, "fassa-se á vida"

«Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México.

"As famílias ricas melhoraram muito a situação" em relação às mais pobres e, por outro lado, "o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e os jovens adultos".

Mas embora o trabalho seja "um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza", não chega para a evitar: "mais de metade dos pobres pertencem a famílias que recebem fracos rendimentos de actividade".»

Perante os resultados deste relatório -que pertence ao senso comum- e a gritante desigualdade social que grassa no nosso país, faço uma declaração de interesses: não me importo ou minimamente me perturba os salários megalómanos que alguns executivos -do "topo da pirâmide"- usufruem. Porém, ressalvo, desde que esteja assegurada a proporcionalidade salarial em toda a cadeia laboral (desde do trabalhador até ao gestor).

É revoltante a forma como países da dita civilização "ocidental" toleram que se viole a ética e a justiça e assim permitir haver horrendas discrepâncias entre o rendimento de um cidadão perante o outro. Paradoxos de uma sociedade que tão celeremente acusa a congénere "vizinha" de falta de civilidade e com a mesma ou superior rapidez se cega perante a sua.

Como sempre reivindica um amigo e um blogger cá dos arrabaldes: «quer queiras ou não, meu caro, isto só se resolve com mais dinheiro». (Embora não seja sobre a desigualdade social ou a pobreza que ele se refere mas mais sobre o seu rendimento futuro).

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