Aquilo que uns apontam como o maior instrumento político à disponibilidade de um governo -o popular Orçamento de Estado-, está ser questionado. Ora, a crise obrigou os governantes e o demais séquito a reescrever e redesenhar partes de um orçamento que se esperava (qual sebastiânico documento), além do mais, ser um instrumento de combate à crise que se assenta na economia real. Tal celeridade levou (e isto é a inocência do desconhecimento a escrever) a certos erros, que por tão graves e brumosos tornam-se-iam facilmente "detectáveis". Foi a lei do financiamento dos partidos (com um dos seus artigos a permitir a possibilidade de donativos em dinheiro financiarem os partidos, o que consequentemente seriam não detectáveis pelo Tribunal de Contas ou outra entidade reguladora, a abrir o rol de necessárias "rectificações". A juntar a este, uma norma incluída no Orçamento do Estado, que retirará o controlo do Tribunal de Contas as transferências para os hospitais com natureza de entidade pública empresarial. Como estas anomalias aparentam ser "filhos de pais incógnitos", a responsabilidade tende a ser escamoteada. Contudo, para o bem da transparência política, estas anomalias devem ser imperiosamente corrigidas.
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