O caso do governador do estado de Illinois encontra um paralelismo arrepiante com o prenúncio de um novo referendo na Irlanda.
No primeiro caso, o governador norte-americano (carregado daquilo que a política e a «causa comum» se tornaram nos EUA e no Mundo), para além de outros ardis, pretendeu "vender" o lugar no senado americano deixado vago pelo president-elect Barack Obama.
No segundo caso, a Irlanda (ou melhor, os seus políticos) tenta assegurar (comprar) um lugar para um comissário irlandês, comprometendo-se (vendendo) , e cito "a procurar obter a ratificação do documento [Tratado de Lisboa] até ao final da actual Comissão Europeia, cujo mandato termina a 1 de Novembro do próximo ano."
Ou seja, a evidência de corrupção política (embora o bem "transaccionado" seja diferente a acção corruptiva, a meu ver, é a mesma) é assimilada estaticamente pela sociedade . O governador não renuncia ao seu mandato e a Irlanda (personificada nos seus políticos) troca o bem democrático pelas boas graças dos "eurocratas" (o episódio das carnes com dioxinas é um exemplo do mau estar que se sente) e o bem estar político que isto implica.
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