Ouvi, não me recordo em que estação de rádio, que o PS personificado em José Sócrates sentia-se ofendido por esta verbosa injúria de Francisco Louçã. Como consolo e lavar de cara, PS pede um pedido de desculpas por, a meu ver, uma verdade verdadeira (passo a redundância). Em causa está o que passo a citar:
«"Acontece, no entanto, que voltou a convidá-la[a Joana Amaral Dias] para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da saúde, seja num qualquer lugar de Governo. Isso mostra-nos o desespero em que está o PS(...) Mostra-nos uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio. Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias(...)Um partido que em vésperas de eleições anda a distribuir mordomias é um partido que não merece governar".» in [Esquerda.net]
Primeiro ponto: uma declaração de Joana Amaral Dias (a visada pelo suborno político) aparenta ser essencial e esclarecedor. No entanto, pelo partido em causa (PS), tudo aponta que o suborno político a Joana Amaral Dias é cruamente real.
Segundo Ponto: Francisco Louçã, na generalidade, ditou aquilo que deve ser dito. A promiscuidade entre cargos públicos e interesses partidários imposta pelos partidos do aclamado «arco de Governabilidade» (PS, PSD e junto,pela sua história governativa,o CDS-PP) é algo inaceitável e causador de muitos dos graves problemas funcionais do Estado.
Terceiro ponto: qualquer militante do PS que recuse a opinião que no seu Partido não existe este tráfico de influências e esta promiscuidade de cargos públicos, é aconselhado a repensar a sua consciência. É evidente que o PS e afins estão pejados desta promiscuidade política, porém renegar a esta verdade é atentar ao bom senso alheio. No entanto, os dirigentes partidários invés de recusarem este tipo de procedimento (suborno político), exaltando a hipocrisia, deveriam, antes de mais, não incentivar este acto pútrido mas combater, no interior do seu partido, esta vergonha. Mas claro, palavras levam-nas o vento.
Recomeçou o "circo".
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