20 agosto 2009

Episódios conjugais num partido com "governabilidade" perto de si

1. O Partido Socialista denuncia que alguns assessores do Presidente da República estão a ajudar na elaboração do programa eleitoral do PSD, o que contraria a obrigação (ética) de isenção dos membros da presidência.

2. O jornal "PÚBLICO" apresenta uma notícia em que um (daqueles anteriormente acusados pelo PS) dos assessores do Presidente da República lança suspeitas sobre uma obscura passagem de informação da presidência para o governo (seja via bufo ou via vigilância).

3. José Pedro Aguiar, vice-presidente do PSD, desmentiu "categoricamente" que qualquer assessor do Presidente da República tenha participado na elaboração do programa eleitoral dos sociais-democratas.

4. No jornal "SOL" é apresentada a confirmação, colocada no site do PSD, em que um assessor da presidência participou, efectivamente, na elaboração do programa eleitoral (ainda em estudo) dos social-democratas.

5. Francisco Assis desafia o Presidente da República a "mandar calar os que em Belém lançam suspeitas" sobre o governo.

No entanto, sobre este disparate de Verão, o nosso primeiro-ministro prefere não comentar comentando e o nosso presidente da República remete-se ao, quase típico, silêncio social-democrata. Vale a pena referir que esta "historieta" entre o PSD e PS, de uma forma mais ou menos camuflada, faz parte de um conjunto de acontecimentos repetitivos de guerras extra-políticas entre estes dois partidos. É certo que mancham a credibilidade política, em particular daqueles dois partidos mas também de uma forma geral todos os outros, porém é interessante ver o que move estes partidos. Algo que pode ser adjectivado como: interesseiro, vingativo, sem escrúpulo, maquiavélico e faminto por poder.

Sem comentários:

Enviar um comentário