09 agosto 2009

Portugal bélico e os seus impulsionadores

«No quadro da nova estratégia da NATO para o Afeganistão, o Conselho deu parecer favorável ao reforço da contribuição nacional, para o ano de 2010, com uma força de escalão companhia, análoga à que operou naquele teatro entre Agosto de 2005 e Julho de 2008» in [Público,09-07-2009]

O governo decidiu enviar mais 150 militares para o Afeganistão. Uma decisão alinhada com o quadro da nova estratégia da NATO para o Afeganistão. Assim se expõe a justificação oficial. Porém, temos um aumento do número de militares portugueses num cenário de guerra completamente alheio aos interesses pacíficos ou qualquer outro tipo de interesse minimamente importante a Portugal, uma guerra que tem como fundamento o ridículo combate ao terrorismo em que o efeito está superar as piores expectativas e um gasto de recursos humanos e materiais (totalmente evitável) para um capricho (agora consequência) resultante de políticas bélicas de certos países e pessoas.

O frenesim sobre a despesa pública e a necessidade de se impor um corte nos gastos supérfluos do Estado aparenta não se aplicar neste caso. Não vejo os (habituais) defensores do rigor económico (já que os valores humanistas por vezes não os atrai) e das contas públicas a se elevarem contra esta decisão. Não me digam que há um investimento público subjacente a esta decisão? Pois.

Em conclusão: não há um gasto mais supérfluo de que o custo de guerra, ainda por cima com a agravante desta guerra ser inútil (como qualquer guerra, resultante da falta de consenso) e completamente importada, o que torna esta decisão completamente redutora e mostra o (internacional) comprometimento dos governantes portugueses a desígnios que não o da Paz e o bem estar.

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