09 dezembro 2009

Os tempos que correm...

Um texto escrito por: Alfredo Pinto Coelho

Obras de rico: novo aeroporto, novas auto estradas, TGV..., grandes obras para um país de pobres: o aumento aos pensionistas com pensões mais baixas é de 17cêntimos / dia . Mais de 50% dos trabalhadores por conta de outrem em situação legal, recebem um vencimento líquido inferior a 650 euros.

Não, obrigado!

A malta acha que o aperto do cinto tem que ser para todos.

A crise não afecta os lucros da banca: os cinco maiores bancos a operar no país tiveram, nos primeiros 9 meses do ano, cerca de 5,1 milhões de euros de lucro por dia. Leu bem, 5,1 milhões por dia, o equivalente a mais 4% do que em 2008.

Não, obrigado!

A malta acha que não será preciso ganhar tanto, quando tanta população ( activa) se vê e deseja para conseguir pagar os encargos com os empréstimos contraídos para habitação própria.

Mais de 500.000 mil desempregados, número onde nem sequer entram aqueles desempregados de longa duração que, por nunca terem conseguido arranjar emprego, lhes chamam agora de inactivos.

Os “maus da fita” tipo FMI, dizem que Portugal tem que cortar nos salários sociais, nos benefícios fiscais e aumentar os impostos. O “nosso primeiro” diz que basta o relançamento da economia para ficar tudo nos eixos !.

Neste Portugal de “ fio dental “, com um défice superior a 8 %, continuamos para bingo enquanto uns políticos: o “nosso” primeiro, mais o “nosso” primeiro e mais o “nosso” primeiro , dizem que Portugal está bem e recomenda-se pois o crescimento da economia está à vista! e outros, que Portugal já nem dinheiro para a tanga tem.

No país de recibos verdes, da precariedade do emprego em que ficamos, afinal?

Enquanto a taxa de divórcios aumentou em 89 % em 10 anos, os do mesmo sexo querem, urgentemente, casar. Os do “não” são defensores do “conceito tradicional” do casamento. Os do “sim”, defendem direitos de pessoas.

Também no meu país, Basto country, há quem se queira casar: o padre de Carvalho fugiu com a sua amada de 18 anos; história bonita de vida, digo eu, apesar da minha opinião poder não interessar para ninguém, ou nada, que não seja a minha liberdade de pensamento.

Querem afogar 17 Km da linha ferroviária do Tua, obra prima do património ferroviário português e parte integrante do património da humanidade do Alto Douro Vinhateiro classificado pela UNESCO. Há quem lute pela sua (re) utilização para o fim que merece. Quem se deu ao trabalho de me ler até aqui, também pode ajudar ( htpp://www.peticao.com.pt/vale-do-tua ).

Enquanto isso, a água do Tâmega continua a correr para a foz, bem lá para Entre os Rios, apeadeiro final da sua liberdade. Por um Tâmega livre, sempre!

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