Por : Alfredo Pinto Coelho
O sol brilha mais, os nossos olhos irradiam a luz da esperança, a voz, mais alta, para quem nos quer ouvir, diz : Não !
Passado, presente e futuro.
Memória, ideal, objectivo.
13 de Março de 2010, dia de concentração de vontades, dia de união, dia de apelo à razão - com emoção, dia de contentamento, dia de liberdade , dia para dizer :Não!
Há dias em que os lobos gritam porque não têm asas para voar, em que os peixes perguntam : e depois, como vamos atravessar esses muros de betão?, as videiras reclamam porque não sabem nadar, homens perguntam se 1,6 % de energia é assim tanto para ainda mais quererem afogar? ...
Gente das águas bravas, com canoas a rodopiar gritam : deixem-nos navegar...
Há dias de solidariedade, em que o “Rio é nosso e daqueles que vieram manifestar-se ao nosso lado..” António Aires, blogue Força Fridão;
Há dias em que o Rio dança. para nos lembrar que é na dança dos rios que há vida;
Há dias assim e o povo sai à rua: movimentos cívicos pelo Tâmega, a Quercus, a Coagret, a LPN, a associação Campo Aberto, alguns presidentes de juntas de freguesia, ambientalistas, O Bloco de Esquerda e os Verdes, cidadãos republicanos, monárquicos, da esquerda, da direita, do centro e do que eles quiserem mais...
Há dias em que o “ o grito determina... “ grande Marco Gomes – blog o Remisso;
Há dias T , de Tâmega, “ em que se penduram as razões e os lamentos..” grande Vitor Pimenta, blog Mal Maior;
Há dias em que o rio se transforma e dá voz ao poeta - Mestre Zé Maravilha :
“ Eu sou o Rio
Há dias de livros, que depois de nascidos vão direitinhos para a eternidade - “corre-me um rio no peito” - de Jales de Oliveira;
Há dias de saudade, de homenagem e de revolta e todos somos o H o 2 e o O da água do Tâmega - “ o poeta morreu..” grande, grande, compadre Jales de Oliveira ;
Há dias de festa rija !
Há dias de viver, amar e agradecer a poesia ;
“Lágrima,
Há dias que são 13 de Março de 2010.
Há dias em que somos livres e podemos gritar : Viva a liberdade !
Há dias em que, com emoção, se pode gritar bem alto, pela razão !
Por um Tâmega livre, sempre!
Eu sou o ser que canta em pleno leito
e vos sussura as mensagens d`aventura,
Em mim vai um povo, meu eleito,
Nos caudais, até ao mar da desventura.”
Há dias de agradecer a Deus , pelo filhos que nos deu:
Ah! Grande Zé,
Ah! Grande Alfredo:
Este rio não é um rio,
Este rio é um fio de luz....
Uma lágrima sentida,
Uma lágrima vertida,
uma lágrima caída...”
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