Durante o fim-de-semana decorreu o XXXII congresso nacional do Partido Social-Democrata em Mafra. De lá, e infelizmente pois a norma é absurda, o que se recorda é a aprovação de uma norma que normaliza, passo a redundância, a censura sobre a liberdade de expressão dos militantes social-democratas. Sessenta dias (a exactidão do número também é ridícula, porque não quatro anos antes?) é o período temporal que antes de um escrutínio nacional não se poderá ouvir, ler e ver críticas "oficiais" tendo como fonte de origem os militantes e destino a direcção do partido -faltou a norma abranger a crítica em surdina para o quadro ficar completo.
Muitos se ergueram. Das opiniões desfavoráveis a esta norma, a maioria dos "delatores" está fora da esfera da militância social-democrata. Porque, embora a norma não esteja em vigor, parece que tacitamente ela está a imperar. Não deixa de ser curioso que o partido que continuamente acusou o governo de provocar uma "claustrofobia democrática" (wtf?) tenha uma direcção que propôs (ok, houve a semi-proposta de seis meses em ditadura, mas eu acredito no sarcasmo) uma norma interna de fazer corar de vergonha qualquer assessor de Sócrates. Mas, enfim, quando discutimos as acções e os comportamentos políticos e criminosos do PS e do PSD ao longo deste tempo de governo e desgoverno, não será um abuso de linguagem colocar o rótulo que alguém outrora deu: "gémeos separados à nascença". Não é que estes dois, até na irritação perante a livre expressão são semelhantes.
"Orange juice", gosto!
ResponderEliminarapc