08 março 2010

PEC

O Plano de Estabilidade e Crescimento (documento destinado ao escrutínio económico e monetário da União Europeia e das agências de rating) está a sair da forja governamental. O documento apresentado (embora genérico e carregado de intenções) apresenta algumas medidas inevitáveis. Contudo, a intenção mais perigosa (em paralelo ao congelamento salarial e à consequente perda de poder de compra nos próximos anos) é o realce dado ao paradigma da privatização do património económico do Estado. As privatizações efectuadas pelas recentes governações são um corolário da proposição que determina que o Estado não deve privatizar os "monopólios naturais" (e.g. fornecimento de energia, correios etc.). A razão é muito simples: o monopólio mantém-se somente há a troca entre os maiores beneficiados (deixa de ser o Estado, ou seja, todos nós, para ser um pequeno conjunto de accionistas). Porém, a receita continua.

Sem comentários:

Enviar um comentário