...quando a minha mente era ainda como uma borboleta colorida, curiosa mas inocente, alegre e sem preocupações maiores. Recordo os fácies das pessoas, cheias de vida, esperançosas e mais solidárias. Não se houvia falar depressões e de "xanaxes" como agora, havia emprego de sobra, o IVA era baixinho, pouco se falava de economias e de défices, era o reflexo de um país que crescia e prosperava por melhoria da qualidade de vida.
Hoje, ao som da música, recordo outros tempos, porque recordar é viver e repensar. Tempos que jamais voltarão, porque o tempo não recua, e a minha mente não deixa. Hoje, tenho os sentidos apurados, e no pensamento outras responsabilidades que não tinha outrora, num país destruído económicamente e degradado socialmente. Tenho de ser sincero, não tenho menos qualidade de vida que no passado, mas tenho a sensação, como a grande maioria certamente terá, de que estamos numa inversão do progresso desejável e daquele que foi expectável, sem que nos dêem capacidades ou oportunidades de o alterar, e que, tendencialmente, se tem traduzido e traduzirá numa perda de qualidade de vida das pessoas. Isto doi, porque não foi o que me "venderam" quando era pequenino. O meu país tem vindo a pregar umas partidas de muito mau gosto. Até quando?
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