26 outubro 2010

Farto de tudo o que envolva o Orçamento de Estado para 2011, há sempre algo acrescentar

Lembro-me que logo após a apresentação das linhas de orientação, ou as principais medidas, para o próximo Orçamento de Estado, que o ministro Teixeira do Santos respondia a uma pergunta (não me lembro do interrogador nem do meio de transmissão) afirmando que a "incorporação" do fundo de pensões da PT serviria de "almofada" para, e sublinho isso, eventuais "desvios" orçamentais. Pois bem, tal como se suspeitava, a incorporação do fundo de pensões da PT (em rigor, dos seus trabalhadores) serviu para "endireitar" não eventuais mas consumados desvios orçamentais. Claro e grosso: mais uma vez mentiram-nos.

3 comentários:

  1. No relatório a UTAO defende que o Governo não teve em conta na proposta de OE/2011 “os muito prováveis efeitos recessivos” das medidas de austeridade. Só Sócrates e Teixeira dos Santos é que acreditam que com este "tsunami" recessivo vamos crescer 0,2%.
    Para que o Orçamento "encaixe" nos critérios de Bruxelas tem sido prática nos ultímos anos "retirar" despesa do orçamento. Há muita dívida pública que não entra nas rubricas mas que directa ou indirectamente será paga pelo contribuinte. Por exemplo a dívida assumida pelos mais de 2.000 administradores das inúmeras empresas municipais de Norte a Sul de Portugal ou ainda as famosas Parcerias Público Privadas que ninguém conhece os termos em que são celebradas e a que tipo de controlo estão sujeitas mas que todos suspeitamos que lesam fortemente o erário público.

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  2. Esta proposta de Orçamento, ao longo do tempo, transparece a sua real origem: imposta externamente. Parece que foi feita "a martelo", sem grande rigor e, vê lá o agora desígnio nacional, para "acalmar os mercados". Acalmar?

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  3. Nunca foi tão evidente a intromissão dos mercados financeiros nos destinos do país e nas suas contas públicas. Internamente os principais banqueiros reuniram com os partidos do regime certamente para pressionar uma solução e querem passar a ideia que somos todos culpados porque gastamos mais do que podiamos, esquecendo o que e quem provocou a crise financeira que precipitou a crise económica.

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