08 novembro 2010

As estradas do meu país

O secretário de Estado das Obras públicas esteve em Celorico de Basto para anunciar que os novos métodos de "cobrança electrónica" poderão viabilizar a construção de um nó de acesso do concelho de Celorico de Basto à "A7". Em causa está o elevado preço na construção e manutenção de "portagens físicas" naquele prometido acesso rodoviário. Certamente, o factor de custo preponderante para a construção de um acesso a uma auto-estrada é, sem dúvida, o custo dos métodos de cobrança. Desculpas à parte, nesta cerimónia, o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, mais uma vez e vassalamente, pediu a conclusão da afamada via do Tâmega -uma das contrapartidas prometidas quando Cavaco Silva, o primeiro-ministro de então, encerrou a linha ferroviária do Tâmega- ao citado secretário de estado. Apenas um apontamento protocolar. O Sr. Presidente de Câmara não deveria ter pedido o que está pedido há cerca de duas décadas e criminosamente não cumprido. Deveria, sim, e porque a temática está em voga, solicitar ao sr. secretário de estado a razão porque o Estado renegociou a concessão da A7 com a Ascendi. É que, e porque o advérbio criminosamente ainda está na ponta dos dedos, a Ascendi com um interessante golpe de estratégia económica deixou de ter um rendimento deficitário e variável pela concessão da A7 para ter um rendimento fixo e provavelmente excedentário proveniente do Estado. Esclarecimentos precisam-se mais do que alcatrão.

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