13 março 2008

Pluralidade- Uma questão de sobrevivência

O Bloco de Esquerda tem a sua génese num aglomerado de partidos, na sua essência semelhantes mas paradoxalmente diferentes, e plataformas de cidadãos e associações que permite uma abordagem, não deixando de haver conflitos, ao debate interno político diferente dos demais partidos representativos. Dever-se-à a uma institucionalização desta sadia troca de ideias e opiniões? Dever-se-à a uma amálgama de pessoas e associação de pessoas diferentes? Ou ao facto deste partido não ser somente um partido mas um "bloco" de partidos? Não sei.

Contudo, aparenta existir, neste partido, uma troca de ideias e debate interno diferente, baseada na liberdade de opinião fundamentada, construtiva e respeitável. Ressalvo, que escrevo apenas com uma visão exterior.

Acredito que exista nos outros partidos uma liberdade de expressão institucionalizada contudo a abordagem que envolve as críticas e as diferenças de opinião aparenta ser diferente da do Bloco. Possivelmente, estas diferenças devem-se a uma probabilidade e previsibilidade governativa de alguns partidos e à ortodoxia anacrónica de outros. Temos inúmeros exemplos de divergências legítimas ou ilegítimas entre dissidentes de opiniões, locais e nacionais, e o aparelho partidário.

A pluralidade, desde da Biologia à meta-física, só poderá resultar numa evolução positiva e construtora. A unicidade, como a genética nos ensina, torna-nos vulneráveis a mudanças bruscas e paulatinas do ambiente que nos envolve. Um exemplo que já deveria estar mais que solidificado nas mentes humanas. Uma questão de sobrevivência. Um partido que não respeite tal dogma existencial só poderá definhar e empobrecer qualitativamente.

4 comentários:

  1. Na última Convenção (Congresso) foram a votos 4 moções de estratégia e 4 listas à Mesa Nacional ( órgão dirigente entre convenções). O debate é intenso e muito plural. Não há expulsões por delito de opinião. As diferenças ideológicas são muitas: desde sociais-democratas de esquerda a trotskistas de várias tendências e muitos sem ideologia "formada". Os aspectos positivos já referiste a pluralidade, os negativos a dificuldade por vezes na acção por divergência. O balanço é positivo.

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  2. É devido a essa base e mescla de opiniões e ideologias (claro sempre com uma espinha dorsal socialista) que é um partido plural. Seria um contra-senso num partido com tais características haver uma expulsão por delito de opinião. Portanto o balanço, neste âmbito, será sempre positivo.

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  3. Ontem passou em todos os noticiarios da RVbasto a entrevista do Presidente da adbasto, ficando a ideia de uma possivel candidatura independente, quem sabe o bloco de esquerda seria uma boa opção...que tal?

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  4. Uma boa ideia.

    Existe a necessidade política evidente em Cabeceiras de Basto da renovação/criação de novas estruturas políticas adaptadas às exigências e necessidades sociais.

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