25 junho 2008

Concertação Social e a legalização de ilegalidades

Sobre a concertação social conseguida, ressalvo a normalização do "Banco de Horas". A grosso modo, este novo cálculo de horas de trabalho permite a um trabalhador efectuar "horas extraordinárias" sem ser pago como tal. Ora, isto já acontecia em diferentes profissões e trabalhos. Pontualmente, e com um acordo entre o empregador e o trabalhador, poder-se-ia suprir os efeitos das "pontes" compensado-as, o trabalhador, efectuando horas de trabalho a mais do que o estipulado. Portanto, uma excepção legal e aceite. Tenho conhecimento de casos, onde sem prévio acordo entre a entidade patronal e o trabalhador era extrapolada esta excepção. Acontecia, que num mês de trabalho, havia a possibilidade de acumular dezenas de horas extraordinárias sem ser pagas como tal, que viriam a ser consubstanciadas em "folgas". Um claro abuso patronal punível mediante o vigente código de trabalho. O "novo" código laboral irá normalizar tal ilegalidade.

Um passo importante para a estabilidade social e cumprimento da lei laboral, é a idónea e suficiente fiscalização laboral. Maior e melhor fiscalização que tarda. Sem uma eficiente fiscalização laboral, não há código laboral que proteja, aquilo que certos indivíduos tem pudor de aceitar, a parte mais fraca de uma relação laboral- o trabalhador.

5 comentários:

  1. E a UGT deu o seu aval. Qualquer dia a UGT será somente a sua direcção.

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  2. A UGT no seu melhor, seja governo PS ou PSD, há sempre acordo...

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  3. A UGT, corrompe os seus princípios.

    A UGT, tem no seu passado "recente" um desempenho vergonhoso. Invés de se reinicializar, prolonga-se nos erros.

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  4. Quantas vezes,muitas horas a mais e folgas no mês seguinte...

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  5. é vergonhoso,estas leis vão baixar os processos em tribunal,pq as ilegalidades passam a ser legais.a celeste cardona aumentou as custas(para os mais fracos já não protestarem)agora estes fazem ainda pior.sobre a ugt,todos sabemos o seu passado,mais papistas que o papa.infelizmente a ugt têm contribuido muito para a má fama dos sindicatos(que são amigos dos patrões)

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