Eis a defesa espectável da Associação mor dos interesses. Claro, que a descida do preço iria provocar uma reacção mais que espectável. Depois, os argumentos são de uma falta de originalidade que é capaz de horrificar a Manuela Ferreira Leite. Ora, os preços descem nos medicamentos genéricos - que tentam ganhar posição num mercado muito condicionado e proteccionista e onde os golpes baixos económicos surgem em catadupa- imediatamente, urros monopolizadores rompem a atmosfera económica. Irra, tamanha mesquinhez, é o papel deles, dir-me-ão os esclarecidos, um pouco menos de cinismo e mais preocupação social, chulos, gritar-me-à a consciência.
Como boa associação de entidades patronais (a APIFARMA), quando os negócios (independentemente dos ganhos anteriores e da viabilidade real das empresas) se aparentam um pouco mais difíceis, os argumentos "desemprego", "inviabilização", "concorrência desleal", "ajuda estatal para impor o monopólio" e etc. são postos em evidência (têm um eco extremamente passível de oportunidade económica e de aclamada "pressão social").
Parece que ninguém se importa e condene o facilistismo que qualquer entidade patronal e empresarial deste país verbaliza estes argumentos como argumentos para a sempre e indiscutível esmola estatal. Exemplos recentes não faltam a este País, corrompido com chantagens empresariais. Arre, estes empresários de pacotilha, tão convenientemente liberais em tempos de farta fartura e depois tão amigos do intervencionismo estatal, na hora do amargo económico.
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